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ALINE - Fomos maus alunos
(Rubem Alves; Gilberto Dimenstein)

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ALVES, Rubem & Dimenstein, Gilberto. Fomos maus alunos. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2003. 125p. Fomos maus alunos é, sobretudo, uma proposta irreverente, a de transcrever uma conversa entre amigos que dividem um objetivo comum: o de acrescentar à educação, não receitas infalíveis de sucesso, mas sim, boas idéias para mudar um modelo de educação ainda vigente. Revelam suas próprias impressões sobre essa mesma educação vivida em duas diferentes gerações e localidades, a geração de Rubem Alves e a de Gilberto Dimeinstein. Os autores, ou palestrantes dividem com seus leitores, as experiências escolares que ainda hoje são comuns a muitos alunos, tachados como eles foram ontem, de maus alunos. Experiências tão pessoais quanto comuns, nas quais refazem o caminho de suas trajetórias, na busca da compreensão do que os fez perderem o interesse pela escola. Deixam claro que o desinteresse é escolar e não pelo aprendizado, uma vez que os programas escolares em nada se relacionam com a experiência que os alunos têm com o mundo e sua realidade religiosa, cultural etc. Na elaboração dos programas escolares, não se costuma levar em conta a individualidade do aluno, seus interesses e potencialidades, não se valoriza aquilo que o aluno já traz em sua bagagem. O aluno é tratado como um receptáculo vazio, onde se despejam informações que para ele são muitas vezes desconexas e sem significado. Não existe nada similar à troca de experiências na relação aluno-escola e, sobretudo na relação aluno-professor no currículo escolar atualmente adotado pela grande maioria das escolas. Fomos maus alunos refere-se à curiosidade como natural e instintiva como fio condutor que liga o ser ao “estar vivo”, uma vez que a vivacidade é curiosidade, atenção à vida e interesse pelo que se passa ao redor. Essa mesma vivacidade e interesse é que os educadores devem perceber como ferramenta de seu trabalho na tarefa de forjar uma educação de qualidade. Aquilo que é na maioria das vezes ensinado na escola, não responde às perguntas feitas pela curiosidade do aluno, que deveria ser estimulada ao invés de sufocada para que as questões escolares sejam respondidas. Segundo os autores, o que muitas vezes nos parece indisciplina, trata-se na verdade da autodefesa desenvolvida pelo aluno ao sentir-se intimidado por um padrão que o classifica incapaz, sem conhecê-lo ou olhá-lo além dos frios critérios de avaliação escolar. Como jornalista, Gilberto Dimenstein correlaciona comunicação e educação ao afirmar que: Comunicar é educar. O jornalista deve despertar no leitor o interesse pela notícia, para isso a notícia deve significar algo para quem a lê, assim também deve comportar-se o educador. Para que o aluno tenha interesse pelo que o professor comunica, é preciso que ambos estejam em sintonia. A notícia precisa ser atual e relevante para quem a lê, assim deveriam ser os programas escolares, ao invés de exigir que o aluno fixe informações que ainda não sabe para que o servem. Rubem e Gilberto criticam ainda o mercado dos vestibulares, chegando, inclusive, a considerarem a possibilidade de os próprios elaboradores dos testes não atingirem os critérios mínimos ao serem submetidos ao vestibular, uma vez que cada um elabora somente os testes relacionados à sua profissão. Dessa mesma forma, somente ao ingressar na universidade, Gilberto percebe a relevância de algumas das informações recebidas ainda na escola, somente ao entender a relevância que elas tinham para a boa execução de seu trabalho. Da mesma forma que Aristóteles, Rubem e Gilberto defendem uma educação baseada na imitação, tendo o professor como um exemplo ativo a ser seguido. Se o professor pretende ensinar, deve dar o exemplo, dar o primeiro passo ao revelar-se um eterno aprendiz. É preciso ter a humildade de reconhecer-se um estudante, alguém que não possui todas as respostas, mas que está em busca de mais conhecimento, movido sempre, pelo combustível da curiosidade. Escreva o seu resumo aqui.



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