BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Cuidar do Ser
(Jean-Yves Leloup)

Publicidade
Resumimos aqui um um livro muito especial, "Cuidar do Ser", do padre, filósofo e poeta do numinoso, Jean-Yves Leloup,   para que possamos compreender melhor a dimensão do cuidar , da cura mental e da conceituação CorpoMente.              De acordo com Roberto Crema em sua introdução, Leloup relata que os Terapeutas de Alexandria eram sobretudo hermeneutas, não se reduzindo a meras explicações analíticas os eventos da existência. A única dor insuportável, segundo Leloup, é aquela que não somos capazes de interpretar, destituída de qualquer sentido. Antecipando a abordagem junguiana em dois milênios, os terapeutas  liam as Escrituras como textos do inconsciente. Por outro lado, consideravam as enfermidades suscetíveis de uma interpretação, como se constituíssem textos sagrados.               Os terapeutas de Alexandria eram ao mesmo tempo sacerdotes, médicos, psicólogos e educadores, constituindo-se numa admirável referência histórica, inspiradora de uma abordagem transdisciplinar, holística, aplicada ao campo da saúde integral.              Segundo Leloup O terapeuta é também um ser "que sabe orar" pela saúde do outro, isto é, chamar sobre ele a presença e a energia do Vivente, pois só ele pode curar toda doença e com o qual ele "coopera".              O terapeuta não cura, ele "cuida", é o Vivente que trata e que cura.              O terapeuta está lá apenas para pôr o doente nas melhores condiçõs possíveis para que o Vivente atue e venha a cura.              A infelicidade do homem a causa de toda as doenças, dirão mais tarde os Padres do deserto, é esquecer o ser.              O sofrimento é recalcar esse desejo essencial do Ser.
   Traduzindo Fílon, Leloup revela que em seu projeto esses filósofos assim chamados Terapeutas, revelam em primeiro lugar porque a medicina (iatrike), que professam, àquela que vem sendo exercida em nossas cidades - uma medicina que apenas cuida do corpo, enquanto a outra também cuida do psiquismo (psykas) atormentado por essas doenças penosas e difíceis de curar que são o apego ao desejo, a tristeza, as fobias, as invejas, a ignorância, o não conformar-se ao que é uma infinidade de outras patologias (pathon) e sofrimentos.              Se eles se chamam Terapeutas, é também porque receberam uma educação conforme à natureza e às sagradas leis e porque cuidam do Ser (therapeuen to On), que é melhor do que o Bem, mais puro que o Uno, anterior á mônada.              Para concluir Leloup lembra que hoje se nota um certo retorno do espírito dos Terapeutas e a criação de institutos que respeitam o ser humano e cuidam dele na sua integralidade e sugere a leitura de dois livros a esse respeito: · Le corps que l'on est ( Prendre soin de I'Être, II, Graf Dürkheim et L'École de Todtmos. · L"Analyse et  l'Éveil ( Prendre soin de l'être, III), a abordagem do transpessoal nas escolas de terapia contemporâneas.



Resumos Relacionados


- Se A Minha Casa Pegasse Fogo, Eu Salvaria O Fogo

- O Corpo E Seus SÍmbolos

- Infância - A Idade Sagrada

- Www.casadasraizes.blogspot.com

- Quando Nietzsche Chorou



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia