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Adolescência Sem Fim
(Alexandra Fernandes; Jomar Morais)

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Adolescência: turbulenta fase entre a infância e a fase adulta. A puberdade, o conjunto de alterações fisiológicas que anunciam o amadurecimento dos órgãos sexuais e o início da adolescência, está chegando cada vez mais cedo para uma enorme parcela das crianças. Muitas perdem a aparência cândida da infância ainda aos 8 anos de idade. Exibem traços precocemente característicos de um corpo mais velho e como conseqüência, são submetidas a estímulos e cobranças não condizentes ao seu desenvolvimento psicológico. O crescimento temporão das crianças é um fator mundial e afeta principalmente as meninas. A antecipação da adolescência chama a atenção pelo ritmo que passou a ocorrer nos últimos anos. A melhoria da alimentação tem contribuído para o amadurecimento físico mais veloz, que resulta na chegada mais cedo da puberdade. Além disso, com o advento da televisão(década de 60) e do computador(mais atualmente), as crianças passaram a dispor de conhecimento e a exercitar raciocínios que no passado só ocorriam mais tarde, acelerando seu desenvolvimento intelectual. A primeira menstruação vem ocorrendo cada vez mais cedo, entre dez e doze anos. A cabeça do adolescente é literalmente diferente da de um adulto. A explosão hormonal na adolescência aumenta temporariamente o tamanho da amígdala, componente do sistema límbico responsável pelos sentimentos de ira e medo. Daí a enorme instabilidade emocional dos adolescentes que só começa a melhorar por volta dos vinte anos. Da puberdade até aos primeiros anos da fase adulta também ocorre a renovação de quase todas as células dos lobos frontais responsáveis pelas funções executivas de auto controle, julgamento, organização, planejamento e ajuste emocional. É natural, portanto, que uma menina ou um menino que ares de gente grande possa até apresentar comportamentos próprios de um adulto; o que não significa que estão aptos a entender todas as implicações de tais comportamentos. Essa pressão pode gerar estresse, depressão e até distúrbios de comportamento. O segundo complicador da adolescência nos dias atuais é o seu prolongamento: ela está avançando sobre a faixa etária na qual, tradicionalmente, o jovem se separa de seus pais e assumem suas próprias vidas. A cada dia aumenta o número de adultos juvenis, às vezes até infantilizados, que não conseguem sobreviver sem a proteção do “guarda-chuva” familiar. O detalhe é que nesse caso os homens são a maioria das vítimas dessa anomalia. O problema pode ter relação com a supressão dos ritos de passagem da infância para a adolescência. No passado, as crianças eram obrigadas a participar da luta pela sobrevivência da família. Agora com o excedente econômico os pais podem realizar seus desejos narcisistas (principalmente as mães) de impedir ou dificultar o crescimento emocional dos filhos por medo de perdê-los para o mundo. O resto da história é previsível: super-protegidos e sem um modelo forte de pai em suas vidas, tais meninos, para não frustrar a mãe e não se sentirem culpados, congelam-se emocionalmente comportando-se de forma imatura por anos. Claro que é absurdo achar que qualquer pessoa de vinte e cinco anos é adolescente só porque mora com os pais. Mas o adulto apresenta três características básicas: sabe que o mundo não gira em torno dele e tem consciência de que precisa dar sua contribuição, seja em casa ou na sociedade. Tem independência financeira. É afetivamente pleno, capaz de manter um relacionamento amoroso estável. Quem não atende a tais requisitos é porque ainda não amadureceu.



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