Viagem
(Beltrame; Fátima)
Sem convite ela entra pela janela e pousa em minha cama... Transparências se confundem . corpos de pontos azuis ....incandescentes, fraquejantes...desesperados... Pensamentos desaparecem.... Um convite? para que? E a lua, mais lua que nunca, muda e iluminada persevera e convida e insiste: Vamos?... Pra onde? “não pergunte. Apenas, vamos.....” Deixe que a luminosidade encante. Acomode-se numa nuvem , abolete-se- num cometa e flutue sobre as estrelas... Lá de cima, ofereço cores, tantas e infinitas ... Vagueie esses olhos curiosos em busca de estrelas, como se nelas estivesse a resposta para suas perguntas. Não procure tolas indagações. Esses olhos que de tão ansiosos se tornaram amargurados - buscam respostas onde ela jamais será encontrada. Outros seres: cada qual com um desgosto ardendo no peito... tentando fugir ofegantes, do suplicio que os transforma em decrépitos agonizantes. Pensamentos ...!., Atraiu a lua perfurou nuvens e estrelas...as luminosas companheiras...em cada uma um ser que não você, uma busca que não a sua. Permaneça contando estrelas até essa tristeza passar, depois, volte Volte com uma estrela envolta no coração e, para quem perguntar a razão de tal anomalia responda: Ninguém conta estrelas impunemente. Aprendemos a vê-las, e senti-las... nada perguntar, nada exigir... A resposta que buscamos além delas o coração está repleto!
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