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Conceito da palavra Politica - Paradoxo?
(Wesley Araujo)

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A vida política



Paradoxos da política


A política é uma atividade própria para profissionais, ou um interesse e mesmo uma obrigação de todos?
O paradoxo da política faz aqui sua aparição: é ela uma atividade específica de alguns profissionais da sociedade ou concerne a todos nós, porque vivemos em sociedade?
A palavra política é usada para especificar a atividade do profissional — o político — ora para significar uma mobilização de reivindicações da sociedade e dirigida ao Estado.
Podemos usar a palavra política em expressões como “política universitária”, “política da escola”, “política do hospital”, “política da empresa”, “política sindical”, não encontramos referência ao governo nem a profissionais da política. Pois elas se referem funcionalidade administrativa, organizacional nas finalidades econômica, educacional, saúde reivindicatória dependendo da entidade a que se refere.
A palavra política é usada para referir-se a toda modalidade de direção de grupos sociais que envolva poder, administração e organização.
1. o significado de governo, entendido como direção e administração do poder público, sob a forma do Estado.
2. o significado de atividade realizada por especialistas — os administradores — e profissionais — os políticos — os partidos — que disputam o direito de governar, Neste segundo sentido, a política aparece como algo distante da sociedade, uma vez que é atividade de especialistas e profissionais que se ocupam com o Estado e o poder. A política é feita “por eles” e não “por nós”, ainda que “eles” se apresentem como representantes “nossos”;
3. o significado, derivado do segundo sentido, de conduta duvidosa, não muito confiável, contrários aos interesses da sociedade e obtidos por meios ilícitos. Este terceiro significado é o mais corrente para o senso comum social e resulta numa visão pejorativa da política. Esta aparece como um poder distante de nós (passa-se no governo ou no Estado), exercido por pessoas diferentes de, através de práticas secretas que beneficiam quem o exerce e prejudicam o restante da sociedade.
Onde está o paradoxo? Na divergência entre o primeiro e o terceiro sentido da palavra política, pois o primeiro se refere a algo geral, que concerne à sociedade como um todo, definindo leis e costumes, garantindo direitos e obrigações, criando espaço para contestações através da reivindicação, da resistência e a desobediência, enquanto o terceiro sentido afasta a política de nosso alcance, fazendo-a surgir como algo perverso e maléfico para a sociedade. A divergência entre o primeiro significado e o terceiro é provocada pelo segundo significado, isto é, aquele que reduz a política à ação de especialistas e profissionais.
A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra, em uso da força e extermínio recíproco. No modo pelo qual os humanos regulam e ordenam seus interesses conflitantes, seus direitos e obrigações enquanto seres sociais.
De outra forma, a política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou rejeitar as ações que dizem respeito a todos os seus membros. Como explicar, então, que seja percebida como algo que não nos concerne, mas nos prejudica, não nos favorece, mas favorece aos interesses escusos e ilícitos de outros?
As pessoas, desgostosas e decepcionadas, não querem ouvir falar em política, recusam-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho políticos, afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas, mesmo tais pessoas, com seu isolamento e sua recusa, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem como estão e, portanto, que a política existente continue tal qual é. A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política.

A palavra política égrega: ta politika, vinda de polis.
Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos nascidos no solo da Cidade, livres e iguais, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar).



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