quincas borba
(Machado de Assis)
RESUMO
Quincas Borba
Machado de Assis
QUINCAS BORBA, RUBIÃO E O CÃO
Quincas Borba é um filósofo-doido. Mais a segunda parte que a primeira. Criou a filosofia: a Humanista, “Humanista é o princípio único, universal, eterno, comum, indivisível e indestrutível... Pois essa substância, esse princípio indestrutível é que é Humanista...” Uma guerra: duas tribos que se encontram, frente a frente. Perto da plantação de batatas que só darão para sustentar uma delas. É a lutas pelas batatas. Pela sobrevivência. A tribo que vence, ganha as batatas. “Ao vencedor, as batatas...” Filosofia e sandice condimentam as lições de Quincas Borba.
O filósofo tinha um cão: Quincas Borba. Sim, pusera nele o seu próprio nome. Afinal a Humanista era comum para ele e para o cão. E não só: se morresse antes sobreviveria o cão. Um cão, meio tamanho, cor de chumbo, malhado de preto. Um filósofo assim tinha que acabar em... Barbacena. Aí conheceu a Piedade, viúva de Parcos Melo. Era irmã de Rubião. Não se casou com o herdeiro rico Quincas Borba, porque a pleurista a levou. Rubião, ex-mestre-escola, foi o melhor amigo e enfermeiro do filósofo.
Quando Quincas Borba morreu, numa incurável semidemência, na casa de Brás Cubas, no Rio, Rubião ficou rico. Sim, ficou rico: herdeiro universal do falecido filósofo. Herdeiro de tudo. Depois de breve pendência recebeu: casas na Côrte, uma em Barbacena, escravos, ações no Banco do Brasil e muitas outras jóias, dinheiro, livros, a filosofia do morto e o seu cão Quincas Borba. A cláusula única do testamento era tratar muito bem o cão. O novo-rico mudou-se para a Côrte. Fica conhecendo o casal Palha e Sofia. E o pobre mestre-escola fica apaixonado por ela. Que olhos, que ombros, que braços!... Vinte e seis anos... Cada aniversário era um novo polimento dado pelo tempo. É bonita, sabe que é, e sabe mostrar-se. O marido gostava de mostrá-la a todos: vejam o que são as minhas delicias intimas... E Sofia aprendeu logo e bem a arte de se mostrar. Sofia seduz Rubião. Engana-o... Busca o dinheiro. Ganha presente riquíssimos. O marido funda até a sociedade Palha e Cia. É o dinheiro de Rubião que vai correndo. Muito depressa. A Sofia tem lá os seus desejos escondidos para com o galanteador Carlos Maria. Pobre Rubião! O dinheiro vai acabando, os amigos vão minguando e a loucura vai chegando. Rubião passa pelas ruas aos gritos dos moleques (ó gira, ó gira...) certo de que é Napoleão III. Da sua fortuna sobravam apenas três contos e duzentos. Metem-no num Sanatório. Rubião foge do sanatório do Rio e vai para Barbacena. Lá morre. E três dias depois encontraram o cão Quincas Borba também morto, numa rua qualquer.
E o fim? Leitor “ela chora os dois recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, ri-te. É a mesma coisa...”
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