A Avaliação do Ensino Superior no Século 21: análise de três projetos nacionais
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos; Francisco Roberto Barbosa Nery)
No que alude às Possíveis resultantes micro, meso e macrodimensionais da implementação dos modelos avaliativos, pudemos identificar as seguintes tendências:
a) Avaliação da Aprendizagem como “estrutura estruturante[1]” da Educação Superior: a análise do Plano Plurianual e do PNE Oficial, nos permite inferir que a avaliação nas IES teriam um caráter de condicionamento da dinâmica de funcionamento das IES, transformando a função da avaliação, de atividade-meio do processo administrativo e educacional para finalidade precípua deste mesmo processo, o que se torna concreto em propostas tais como o Exame Nacional de Cursos, que acabaria por realizar funções que vão para além de um exame, tais como sanções punitivas às IES, destacando em especial as IES privadas em sua maioria. Igualmente pode-se dizer que não foi possível perceber nessa tendência uma clara delimitação entre a avaliação da aprendizagem e a avaliação institucional.
b) Avaliação Institucional como processo e avaliação da aprendizagem dissociada da avaliação institucional: No PNE da CONED e no Plano Plurianual, foi possível identificar duas possíveis resultantes decorrentes de uma perspectiva de avaliação entendida como processo, bem como de uma clara disjunção entre avaliação da aprendizagem e avaliação institucional, o que implicaria caso tal tendência viesse a se afirmar como hegemônica em uma abordagem que confere à avaliação um caráter investigativo e panorâmico, ao invés de um caráter de “estrutura estruturante” da educação superior.
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