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A Avaliação do Ensino Superior no século XXI: análise de três projetos nacionais (4)
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos; Francisco Roberto Barbosa Nery)

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Na seção final deste trabalho buscamos sintetizar e explicitar nossa interpretação acerca das dimensões analíticas captadas a partir do estudo sobre o tema candente e polêmico da avaliação da educação superior no Brasil nos três projetos nacionais anteriormente mencionados (PNE Oficial, Plano Nacional de Educação da CONED e Plano Plurianual (2003-2007). Cabe mencionar que partimos do pressuposto de que os conflitos de natureza "teórica" e/ou "acadêmica", acabam por representar embates relativos a posições políticas e interesses de seus participantes. Ainda que tais conflitos não se apresentem sempre devidamente explicitados, eis que subsistem de forma subjacente aos já mencionados conflitos de caráter teórico.
Em relação à temática abordada no âmbito deste trabalho, entendemos que a avaliação da educação superior consiste em tema que poderia abarcar uma miríade de interpretações possíveis, as quais ligam-se todas as posições teórico-metodológicas e políticas possíveis (já que pressupomos o interrelacionamento dessas duas dimensões). Assim sendo, nossa posição acerca do tema exposto no corpo do trabalho, diz respeito ao modo como tem sido tratados (em nível teórico) e implementados (em termos concretos) os modelos avaliativos propostos nos documentos analisados. A esse respeito, entendemos que muitas das discussões a respeito do tema tem sido pouco profícuas justamente por esgotarem-se na instância discursiva (se dando muitas vezes unicamente no plano da retórica). Igualmente entendemos que subjacentes a essas discussões de caráter "teórico-metodológico" e "técnico-operacional", estão questões relativas ao papel do Estado e sua participação na educação, bem como outras questões mais profundas de caráter econômico-estrutural (por exemplo a questão da desigualdade e exclusão social), o que significa dizer que tais discussões se dariam também no interior das próprias IES (por exemplo: os impasses relativos à questão da extensão universitária).
Concluindo, cabe ainda ressaltar que, a adoção de procedimentos avaliativos ditos “ formativos”, nada mais seria do que a retomada sob outro rótulo daquilo que nos anos de 1970 era denominado Planejamento Educacional (TRIGUEIRO MENDES, 2000), assim sendo, acreditamos que o campo da avaliação superior no Brasil estaria, a partir dos últimos cinco anos da década de 1990 e os primeiros três anos da década inicial do século XXI, ao contrário do que possa parecer, voltando para as perspectivas de planejamento e avaliação educacional que foram observadas nesse campo (no que se refere às políticas públicas), as quais estiveram muitas vezes vinculadas aos projetos econômicos da perspectiva “neoliberal hegemônica”, oriunda de organismos internacionais tais como o FMI e a OMC e encampada pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, tendo sido transposta “ipse literis” para o campo educacional, em especial para o subcampo da avaliação da educação superior como mais um item da “agenda” de implementação dessa política (GENTILI, 1996). Assim sendo, entendemos que a avaliação da educação superior brasileira estaria voltando para o século XX ao invés de rumar em direção ao século XXI.



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