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Quadro “evolutivo” das esferas públicas e privadas no pensamento de Hannah Arendt
(filosofolionessantos)

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Quadro “evolutivo” das esferas públicas e privadas no pensamento de Hannah Arendt

GRÉCIA – O privado e o público estavam extremamente separados. O Poder do Pater Famílias era exacerbado e ninguém estava apto a contradize-lo em sua “Unidade produtiva” (oika). Lá ele tinha poder pleno de ação e não era submetido a nenhum tipo de sansão comportamental. Esse era o campo do privado, e nele existia uma vida completamente distinta da vida pública na bios politikos. Nessa vida pública o homem passava a ser cidadão e andar entre iguais. E a ação, que na esfera privada era plena, passa a ser reduzida na Polis pela necessidade de se criar um comportamento sociável, não social! Arendt deixa claro que sempre quando um comportamento é estabelecido ao homem ele está sofrendo um “corte” na sua Ação, que seria quase que como um livre arbítrio. Um fato exclusivo da Agora era a existência de poucos iguais e que nela cada homem tinha constantemente o desejo de se distinguir dos outros, mas não pela acumulação de riqueza material, mas sim pela eloquência do discurso, pelas realizações singulares, queria provar assim ser o melhor de todos (aien aristeuein).
ROMA – Em Roma, diz Arendt, surgiu o pensamento social. Foi aqui que mesmo embrionariamente surgiu a Esfera do Social, onde o público e o privado se imbricaram. Na Res publica e em todas as instituições romanas não bastava mais ser cidadão para ter voz plena na bios politikos, era necessário acumulação material. Em Roma, a Ação na organização familiar ainda era forte, mas já aqui o “Estado” começou a interferir nessas relações privadas. O poder do paterfamilias ainda era grande e muitas vezes decidia sobre a vida dos que viviam sob sua tutela, porém sua Ação já não era mais plena, pois tinham de se submeter a certos comportamentos, principalmente com os escravos.
EUROPA MEDIEVAL – Com o pensamento escolástico em moda e o poder gigante da Igreja Católica, a Ação sofreu grande repressão pela ditadura do comportamento, pela necessidade de se alcançar o transcedental. Aqui a bios politikos praticamente inexiste, caracterizando o declínio da esfera pública. Por outro lado, a esfera privada fortalece-se devido a busca pelos céus. A noção de indivíduo é fortalecida pelo cristianismo e os ensinamentos de caridade por Santo Agostinho dão mais forças para a substituição gradativa do Social pelo político.
MODERNIDADE – Na modernidade, com o pensamento iluminista de igualdade e liberdade aflorado e o surgimento de “fenômenos” como a Sociedade Civil e o Estado faz com que as esferas públicas e privada se imiscuam de vez na chamada Esfera Social. A Esfera Social é uma nova esfera que se preocupa com o coletivo sem esquecer-se e até mesmo valorizando mais o privado devido a importância do individual. A ação é reprimida pelos novos parâmetros comportamentais, estabelecidos principalmente pelo Direito que concederão Segurança as pessoas em suas relações. Antes era um fator cultural que assegurava que os homens se considerassem iguais, agora é o Direito o responsável por isso. Antigos conceitos gregos como cidadania, vida política e democracia, ressurgem com uma nova roupagem tendo como conseqüência disso a transmissão às pessoas de imagens distorcidas do que seria o Público, o Privado ou o Social.



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