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LONDRES É UMA CIDADE CRIATIVA
(Por Carmem Maia)

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Londres e uma cidade criativa
Por Carmem Maia

Não poderia ser em outro lugar, concordam? O evento estava lotado, com muita gente “criativa”, vamos dizer assim. Há alemães, italianos, franceses, portugueses, espanhóis, árabes, indianos aos montes, africanos, americanos, brasileiros, muitos e muitos... Islâmicos, gregos, e, também - como não? - ingleses.
Mas, na verdade, se formos comparar com outras cidades, por exemplo, Paris ou Praga, Londres é pouco turística. Na verdade, o que Londres faz muito bem é MARKETING.
Tinha de ser moderna! Toda semana tem uma nova exposição acontecendo em qualquer um dos milhares de museus da cidade, tem vários, muitos, muitos workshops e escolas de dança, pois tem muito, muita opção de espetáculos de dança e teatro e é preciso ter isso, para entreter o turista e para as pessoas que vem para cá para estudar, para que tenham o que estudar.
Recentemente, ela buscou e vem se modernizando, a TATE Gallery é um exemplo, a TATE Modern, que já fica aberta “late night” (somente Fridays e Saturdays até as 8h!!!!), então o que mais se tem na cidade é restaurante, vida noturna (clubs, baladas), shows (todos imagináveis), e, como vida noturna tem muito a ver com arte, com lazer, acabou gerando uma necessidade de produzir uma vida cultural e de ter o que mostrar.
A Saatchi Gallery é um exemplo disso. que tem endereço certo para expor sua criatividade. Mas é fato, pois a cada dia, em cada jornal, o caderno de artes, lazer, cultura e entretenimento é o que mais cresce. E, conseqüentemente, a formação de pessoas nessa área tem de crescer também. Nesse sentido, temos aqui, milhares de opções toda semana, é só abrir a TIME OUT semanal para ver na seção de cursos, workshops, seminários e “lectures”, em livrarias, ao ar livre (quando o ar e o tempo permitem, “of course”) na esquina, no parque (Speaker’s Corner), em qualquer café, tem sempre uma programação, em qualquer livraria, tem sempre um lançamento, uma vernissage, um recital, uma música.
E não é só em Camden. E, além de tudo isso, tem lugares super especiais como as lojinhas de Notting Hill Liverpool St e Marylebone, ruas de bairro, que nos fazem lembrar o interior. Ou seja, tinha que superar Paris e New York (aliás, a grande concorrente). Então, Londres é uma cidade que sabe se reinventar. Que soube e continua sabendo se reinventar.
E eu perguntei como isso era possível e ele foi simples: “Nós já não temos muito o que inventar, na verdade, estamos nos reinventando, mas é preciso buscar inspiração e energia fora, pois, nós aqui, no fundo, não temos muito mais esperança em nada. Só estamos cercados de guerra, de medo, de terror, enquanto que o Novo Mundo tem muito a fazer, claro, tem muito que crescer, amadurecer, tem que ter dinheiro, antes de tudo, mas tem uma coisa que nós não temos mais: esperança e energia para o futuro”.
Então, Londres é perfeita para isso.
Londres então sobreviveu e sobrevive bem ao “terrorismo” e à “apatia”e desesperança do velho mundo e a seu “terror interno”em se parecer com a América, que a cidade teve que se reinventar e se vender, e, como todos sabemos, tem feito e faz isso muito bem.
Como faz isso? Com as tais indústrias criativas, que tem muito pouco a ver com o conceito de “criatividade do brasileiro” que conhecemos. Movimentam mais dinheiro que o setor financeiro. Alguém assistiu ou se lembra de “Full Monty”, sobre a cidade de Sheffield, norte da Inglaterra, que vivia de produção de prata e, com a recessão e industrialização, deixou um monte de gente desempregada, e o que os “criativos”da cidade foram fazer? Foram dançar, fazer strip em um clube de mulheres...

This includes advertising, architecture, the art and antiques market, crafts, design, designer fashion, film and video, interactive leisure software, music, the performing arts, publishing, software and computer games, television and radio.”
Ou seja, não adianta ser criativo se não souber se vender e vender essa criatividade toda, emelhor que isso, se souber gerar lucro, faturar com essa criatividade.
E, é nisso, exatamente, que a cidade, os políticos e a indústria inglesa está pensando e fazendo. Brighton, à beira mar, está buscando ser um pólo cultural, musical, já que tem duas importantes universidades com cursos de New Media em ambas.
E, no Brasil? O país da criatividade? O que fazemos com nosso potencial criativo?Como transformamos nosso potencial criativo em produto e em referencia internacional? E, como fazemos para que nossas idéias criativas não fiquem estocadas em algum compartimento secreto do nosso cérebro sem serem aplicadas na prática?
Que tal adotarmos a seguinte campanha, devidamente traduzida para o português:
An idea shared a day, moves the country far away (“uma idéia compartilhada por dia, leva o país adiante”)



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