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As origens da pós-modernidade
(Olga Isadora Ribeiro Lopes Pontes)

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DO AUTOR Várias tem sido as tentativas de lidar com a problemática oriunda da chamada “Crise da Representação", que assombra a arte e as linguagens no contexto pós-moderno, em um fenômeno diretamente ligado à destruição dos referenciais que vinham norteando o pensamento até bem recentemente. O registro do real (figurativismo) era o principal eixo da pintura até 1870, assim como do resto da arte, até o pós-guerra. Dali em diante, valoriza-se a entropia; “tudo vale”, e todos os discursos são válidos. O resultado é que não se há mais padrões limitados para representar a realidade, resultando numa crise ética e estética. Tal crise nos induz a pensar muitas vezes que há um vazio em termos da estruturação de regras da sociedade que antes eram tidas como inquestionáveis e universais, o que certamente afeta o Direito, já que o Direito é a própria expressão da regulação social, existente em função destas regras.Tudo isso porque, na Pós-Modernidade nada é dado como certo, o pensado pode ser pensado outra vez, a confiança é menor. O Filósofo Gilles Lipovetsky, na sua antes citada obra “A Era do Vazio”, explica-nos que “os grandes eixos modernos, a revolução, as disciplinas, o laicismo, a vanguarda, perderam a significação ante à força de personalização hedonista; o otimismo tecnológico e científico se desmoronou, enquanto as inúmeras descobertas eram acompanhadas pelo envelhecimento dos blocos, pela degradação do meio ambiente, pelo apagamento progressivo dos indivíduos; já nenhuma ideologia política é capaz de inflamar as multidões, a sociedade pós-moderna já não tem ídolos nem tabus, já não possui qualquer imagem gloriosa de si própria ou projeto histórico mobilizador; doravante é o vazio que nos governa, um vazio sem trágico nem apocalipse.”…”o direito à liberdade, em teoria ilimitado, mas antes circunscrito à economia, à política, ao saber, conquista agora os costumes e o quotidiano. Viver livre e sem coação, escolher sem restrições o seu modo de existência: não há outro fato social e cultural mais significativo quanto ao nosso tempo; não há aspiração nem desejo mais legítimos aos olhos dos nossos contemporâneos.” Porém, antes dos filósofos, algumas cabeças pensantes do Séc. XX, partícipes dos segmentos mais diversos da sociedade, já analisavam e encaravam o fenômeno da pós-modernidade segundo os meios que dispunham: Charlie Chaplin, músico, ator, escritor e diretor cinematográfico, em seu filme Tempos Modernos, aprensenta-nos o seu personagem principal enredado em engrenagens, perdido diante de um ambiente novo e estranho, totalmente inóspito e hostil, porém do qual era-lhe impossível escapar. Vejamos, o que pensava Chaplin acerca desses tempos que ainda se anunciavam: “Pensamos demasiadamente, sentimos muito pouco, necessitamos mais de humildade, que de máquinas, mais de bondade e ternura, que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.”.Na década de 60 do século passado, o chamado movimento hippie, que nasceu nos EUA, no seio de uma juventude rica e escolarizada, que recusava as injustiças e desigualdades da sociedade americana, apresentou-se como alternativa a essa nova realidade, atacando o poder econômico-militar, defendendo os valores da natureza, pregando uma vida fora da “sociedade de consumo”, onde o individualismo e a propriedade privada não vicejassem, através da socialização de todos os bens, podendo-se partilhar tudo, inclusive o amor. A frase “Make Love not War”, bem resume a essência desse movimento, que teve no poeta Alain Ginsberg e no até então obscuro professor universitário Timoty Leary, seus mais significativos mentores.



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