Nuclear Energy: Balancing Benefits and Risks
(Charles Ferguson)
Ferguson procura delinear parâmetros de avaliação para um cenário de demanda por eletricidade pela energia nuclear. Primeiramente, o autor faz notar os altos custos desta matriz energética, que se revela mais dispendiosa que a queima de carvão, de gás natural, de óleo, e que a geração hidroelétrica. No caso particular dos Estados Unidos, a queima de carvão é a forma mais barata de se obter energia (vale ressaltar que os EUA têm a maior reserva carbonífera do mundo, uma espécie de Arábia Saudita do carvão, nos dizeres de Ferguson).Porém, o autor admite o problema dos gases estufa. Assim, o custo dos megawatts não esgota a questão. Embora, a produção de combustível nuclear produza gases estufa, sua geração de eletricidade é limpa. Por isso, a energia nuclear está despontando como um meio viável e eficiente de se obter eletricidade e, ao mesmo tempo, contornar o problema dos gases estufa.Porém, salta aos olhos o potencial que as usinas nucleares têm para poluir o ambiente, especialmente, seu principal resíduo — o plutônio. O plutônio é altamente tóxico, e, extremamente difícil de acondicionar. O legado das usinas nucleares seriam dezenas de milhares de toneladas de plutônio que permanecerão ativos por dezenas de milhares de anos.Além disso, há o sério perigo de uma ameaça terrorista. Para fazer uma bomba, um terrorista precisaria de um a oito quilos de plutônio. Para comparação, note-se que a bomba lançada sobre Nagasaki em agosto de 1945, tinha 6kg de plutônio. E, as usinas de reprocessamento de plutônio operam com toneladas deste material todos os anos. Para se ter uma idéia, o autor nos informa que uma usina japonesa precisa, diariamente, de 2000kg de plutônio para funcionar. Esta situação é extremamente explosiva, mas, Ferguson critica o GNEP (Parceria Global da Energia Nuclear) porque este programa separaria o mundo entre mocinhos e bandidos. Para Ferguson, um tal caráter discriminatório, por si só, já descartaria o GNEP.Em contrapartida, o autor sugere trabalho de inspeção mais abrangente e rigoroso da parte da IAEA (Agência Internacional da Energia Atômica), e isto, redundaria de um financiamento mais robusto e confiável para esta agência. Ademais, o autor sugere um convênio entre a IAEA, o Grupo dos Fornecedores Nucleares e a WANO (Associação Mundial dos Operadores Nucleares), esta por sua competência técnica e aquela para fazer a triagem de quem tem credibilidade para desenvolver, manter e usar tecnologia nuclear.
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