O Diário de Anne Frank
(Anne Frank)
Foi publicado como livro, mas é o diário de uma garota que sonhava se tornar uma escritora famosa. Enquanto estava escondida, soube que, depois da guerra, seu diário poderia ser publicado. Seu sonho se tornou realidade graças ao seu pai, o único dos oito escondidos no anexo secreto que sobreviveu aos campos de concentração. Nascida em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, Alemanha, Anne Mary Frank foi vítima do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda criança, mudou-se com os pais e a irmã para a Holanda, para se protegerem dos nazistas. Eram judeus. Porém, não sabiam que, anos mais tarde, a guerra e a perseguição contra o povo judeu se tornariam mais intensas, inclusive na Holanda, com o lançamento de inúmeros decretos anti-semitas, de modo que não puderam mais viver como cidadãos normais. Quando Anne fez 13 anos, teve seu pedido atendido ao conhecer Kitty, nome dado ao diário que ganhou como presente de seu pai. Apesar de ser cercada de amigas, sentia falta de mais uma. Queria uma amiga em quem pudesse confiar, contar a respeito de si, da família, dos amigos, da vida, de Deus, contar tudo que acontecia à sua volta e, acima de tudo, ter apoio. Foi então que teve a idéia de fazer um diário como a sua melhor amiga e escrevia nele como se estivesse falando com ela – Kitty -, em carne e osso. Ao ver que a guerra e o nazismo se tornavam cada vez mais violentos, Sr. Frank decidiu providenciar um esconderijo para a família, com a intenção de viverem ali, onde estariam seguros, até que a guerra acabasse. Havia uma área desocupada no prédio em que trabalhava e decidiu usá-la como refúgio, o qual Anne chamou de “anexo secreto”. A mudança para o esconderijo aconteceu antes do planejado. Mudaram-se um dia depois que a irmã de Anne, Margot, foi chamada para um campo de concentração. Alguns funcionários do prédio, amigos íntimos do pai de Anne, ficaram responsáveis pelo sustento dos escondidos, além de manter o refúgio longe do conhecimento dos demais funcionários do prédio, pois se qualquer um descobrisse aquele refúgio de judeus, informaria à Gestapo. Posteriormente, o anexo abrigou também a família van Daan e o Sr. Dussel, amigos do Sr. Frank. Nos poucos pertences que podia levar, a senhorita Frank incluiu seu diário, no qual escreve freqüentemente, como sempre, deixando-o por dentro de tudo que se passava no prédio, no mundo (segundo informações que recebia dos funcionários ajudantes) e, principalmente, no anexo e com as pessoas que convivia. Também fala dos seus segredos e sentimentos, entre eles: a admiração pelo pai, a indiferença com a mãe, os conflitos constantes com o Sr. Dussel (seu colega de quarto) e tenta expressar o que significa estar presa e não poder sair, não poder olhar pelas janelas, não poder fazer barulho, não poder falar alto, comer sempre as mesmas coisas todos os dias, não ter o que fazer além de, praticamente, estudar e ajudar nos serviços domésticos do anexo - tudo para poupar a vida. Dia após dia, enfrentava solidão, tédio, ansiedade, medo e, ainda, o pessimismo de alguns dos escondidos. Contudo, além dos seus temores, a menina também conta os seus maiores desejos e sonhos. Apesar das dificuldades, procurava estar sempre confiante de que tudo daria certo. Sempre esteve orgulhosa de ser judia e acreditava muito que Deus estava protegendo eles do perigo, o tempo todo. E, nos momentos de maior aflição (como aconteceu em uma noite em que o anexo foi invadido por ladrões, a polícia chegou logo depois do ocorrido para revistar o local e, então, o anexo quase foi descoberto), Anne estava disposta a encarar o pior, com orgulho, assim como um soldado que morre por amor à sua pátria. Kitty teve notícias de sua amiga escritora até 1º de agosto de 1944. Três dias depois, o anexo foi invadido por oficiais da Gestapo. As oito pessoas que estavam escondidas foram presas e deportadas. Finalmente a guerra acabou e o único sobrevivente entre os oito foi Otto Frank, pai de Anne. Ela e a irmã morreram pouco antes de o campo ser libertado, por tropas inglesas. Foram contaminadas com a epidemia de tifo decorrente das terríveis condições de higiene do local onde estavam prisioneiras. Muitas pessoas ficaram marcadas ao longo dos anos porque fizeram a diferença com seus pensamentos e atos heróicos. Pessoas das mais diversas épocas, nacionalidades, profissões, idades e religiões, que tiveram suas vidas interrompidas. Anne Frank foi uma delas.
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