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agroecologia e desenvolvimento sustentavel
(Francisco Caporal)

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Francisco Caporal aborda numa perspectiva de análise multidimensional a Agroecologia como uma ciência que possui como intuito, contribuir para o manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis, bem como a adequação dos recursos naturais para a redução dos impactos referentes à sociedade e ambiente. De acordo com Caporal (1994) “os ensinos de agroecologia (...) poderão se tornar necessidades inadiáveis”. Partindo de impactos negativos causados pelo desenvolvimento convencional até então utilizado, passa-se a pensar novas concepções onde o uso de conceitos mais abrangentes como a equidade e o ecodesenvolvimento começam a ser visto como algo novo e possível para o crescimento de uma sociedade culturalmente e economicamente sintonizada com questões ambientais e sociais. Surge a partir desta concepção um novo paradigma de desenvolvimento rural abordando um enfoque teórico e metodológico próprio no qual saberes, conhecimentos e experiências de distintos atores sociais tornam - se integradores e indissociáveis. Entretanto, é necessário entender a agricultura e fatores que a envolvem partindo de sua complexibilidade, ou seja, compreendendo a construção do desenvolvimento rural sustentável em seu sentido mais amplo; desta forma é necessário um conjunto de inovações entre as quais podemos fazer menção as novas abordagens dos problemas agrários contemporâneos, porém não haverá agricultura ou desenvolvimento rural em base sustentável a margem de uma sociedade igualmente insustentável. A partir desta perspectiva de análise adotada, a diversidade ecológica e sociocultural surge como principio fundamental e nunca dissociável da incorporação de estratégias de ação apoiadas em metodologias participativas, contribuindo assim para a constituição de um enfrentamento da crise socioambiental; permitindo a construção de um novo projeto histórico e a busca de novos rumos e estratégias de desenvolvimento. Podemos dizer então que dispor apenas de conceitos de desenvolvimento sustentável é falho; na verdade necessitamos trabalhar na identificação e elaboração de saberes que possibilitem de maneira participativa desenvolver processos toleráveis de exploração da natureza e compatíveis com as exigências de reprodução social da agricultura familiar em seus diferentes segmentos. Desta forma, o compromisso social da nova extensão rural ante aos desafios e perspectivas do desenvolvimento rural sustentável jogam-nos a um abismo de teorias e metodologias que sustentaram ate os dias atuais um crescimento econômico irracional de fome, miséria, desemprego e outros mecanismos de exclusão social; onde a inobservância da natureza se fez presente; esquecemos que a missão de qualquer estilo de extensão esta destinado a nos ajudar no direcionamento de ações e atividades que respeitem condições especifica de cada agroecossistemas, na preservação da biodiversidade e diversidade cultural. De acordo com o núcleo da nova extensão rural gaúcha citado no artigo como exemplo; o ideal de sustentabilidade exige que saibamos entender a agricultura como algo a ser construído socialmente; e que essas ideologias apesar de gerar insegurança, passaram a ter a missão de desenhar e objetivar ações nos quais teremos por base orientadores e sinalizadores para essa pratica diferenciada. A Emater/RS é a grande pioneira nesta ação, baseando seus princípios de Agroecologia com assistência técnica e extensão rural mediante processos educativos e participativos, com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar e suas organizações, incentivando o exercício pleno da cidadania e melhoria da qualidade de vida. Partindo destas contextualizações temos como preceito adotar uma nova postura e um novo tipo de atuação baseados no entendimento da Agroecologia como algo complexo, que, ao contrário dos esquemas cartesianos, surge como integradora, holística, ou seja, mais apropriada como orientação teórica e prática para estratégias de desenvolvimento rural sustentável; tendo que ir além da simples aproximação entre Agronomia e Ecologia no qual conhecimentos e saberes populares, são primordiais. Sabemos que a Agroecologia é por definição pressuposta como o uso de tecnologias heterogêneas, com adequação às características locais e à cultura das populações e comunidades rurais que vivem numa dada região ou ecossistema, porém o que deve ser generalizável são os princípios, e não os formatos tecnológicos. Concluo então que nada impede buscarem-se os ensinamentos de várias ciências; sendo assim, dentro de uma sociedade devemos ter como referencial a sustentabilidade, considerada em suas múltiplas dimensões: econômica, cultural, ética, ambiental, política e social.



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