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Descoberta em cães ''pode ajudar contra o câncer em crianças''
Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriram um
tipo de célula-tronco em cachorros com câncer que poderia levar ao
desenvolvimento de novos tratamentos para um câncer ósseo que atinge
principalmente crianças e adolescentes. As
células-tronco foram encontradas pelos pesquisadores em cães com um
tipo de câncer dos ossos chamado osteosarcoma, que corresponde a 85%
dos casos da doença nos cachorros e também é o tipo de câncer ósseo
mais comum em crianças.Essas células-tronco, resistentes a
tratamentos comuns, reproduzem as células cancerígenas dentro dos
ossos, permitindo então que elas se espalhem pelo corpo."Essa
células-tronco nociva é a chave de todo o processo", afirmou o
pesquisador David Argyle, responsável pelo estudo, publicado no
Veterinary Journal e realizada pela Escola de Veterinária da
universidade escocesa. "Ao entendermos o funcionamento desta
célula-tronco, esperamos encontrar meios de atingi-la e matar a fonte
de células cancerígenas." Segundo os cientistas, apesar de
ainda não testada em humanos, a pesquisa pode ajudar crianças e
adolescentes que apresentam este tipo de câncer, pois a doença é
semelhante à que acomete os animais. Nova tendência Henry
Scowcroft, porta-voz da ONG Cancer Research UK, a descoberta reforça a
teoria de que células-tronco são responsáveis pelo desenvolvimento do
câncer. "Esta teoria está ganhando força, e a descoberta abre
os caminhos da pesquisa, o que pode levar à criação de novos
tratamentos", disse. Segundo ele, é preciso ser cauteloso com
a nova descoberta, já que "os resultados foram descobertos a partir de
estudos realizados em cachorros, ainda precisamos ver se a experiência
pode ser aplicada em casos de câncer em humanos". Ainda não se
sabe ao certo o que causa o surgimento do osteosarcoma, mas acredita-se
que crianças que apresentam retinoblastoma hereditário, um tipo raro de
tumor ocular, têm mais risco de desenvolver a doença. A maior
incidência do câncer é em crianças mais velhas e adolescentes,
normalmente do sexo masculino. A doença raramente atinge os menores de
cinco anos.
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