Resumo de A psiconeuroimunologia

Conseguiremos, através dos nossos poderes psíquicos, curar as nossas doenças? Uma das provas evidentes de que a mente pode ter um papel fundamental nas curas, consiste na sugestão induzida pela toma de placebos, que em muitos casos dão resultados espantosos. Há muito que os efeitos psicossomáticos no organismo humano estão descritos, todavia, no que diz respeito às suas origens, seus limites e formas de funcionamento, ainda existem muitas dúvidas na ampla comunidade cientifica.

Relativamente às defesas do corpo e sobretudo nisso, ainda menos clara está, a maneira como funciona a relação entre o cérebro e o sistema imunitário. Existe, contudo, uma ciência em franco desenvolvimento, que visa especificamente o estudo desta relação. A esta nova vaga de estudos cientificos dá-se o nome de psiconeuroimunologia. A mesma tem por objecto, desvendar a influência da mente no tratamento de doenças do foro infeccioso, a fim de se conseguir melhorar as funções imunitárias com psicoterapias e técnicas de cura psicológicas.

A Psiconeuroimunologia ou o estudo das possíveis interacções entre o sistema nervoso e o sistema imunitário, trata-se de uma disciplina cientifica que foi inaugurada em 1975, quando os investigadores Ader e Cohen, investigavam, através de ratos, a resposta a infecções, condicionada, esta, por depressores cerebrais. Partindo do princípio de que os danos causados por doenças infecciosas, provavelmente não dependeriam apenas da agressividade do agente patogénico que as causa e da resposta dos sistemas imunitários aos mesmos, testaram então, se a vulnerabilidade das vítimas, também poderia depender do seu estado de saúde psiquico. Concluiram assim, que os depressores psiquicos também agiam como imunodepressores, ou seja, também eles poderiam diminuir a capacidade de resposta dos sistemas imunitários. Desta forma, cérebros deprimidos teriam menos defesas, assim como os que sofriam de cansaço, de stress e também de insónias e que uma vez curadas as depressões e os outros condicionantes psíquicos, voltariam as possibilidades de uma resposta eficiente às infecções.

BIBLIOGRAFIA: Revista Super Interessante nº 112; Agosto de 2007.

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