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Decidindo através das emoções
(Marcelo Araújo)

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Decidindo através das emoções
Discernir sob qual emoção você está sendo influenciado quando toma uma decisão, pode ser um fator fundamental na otimização desta competência. Apesar da idéia da emoção como inteligência se fazer presente entre nós, ainda vivemos em uma cultura que as desvaloriza. Poucos são aqueles que reconhecem que as emoções agem sobre o organismo humano como um elemento propulsor de nossas ações. E que é através destas ações que edificamos os nossos diversos resultados.Ao contrário do que tradicionalmente se imagina, decidir não é apenas uma questão racional. A menos que exista algum tipo de comprometimento neurofisiológico, é impossível a qualquer ser humano não sofrer os efeitos das emoções durante a execução de um processo decisório. E é justamente sobre este aspecto que se concentra o nosso alerta sobre as possibilidades de se melhorar o nosso desempenho.O caráter essencial de uma decisão é a escolha. Antes de se escolher, obviamente é necessário avaliar todo um conjunto de hipóteses relativas ao problema em questão. Porém, após está fase de racionalização, a escolha propriamente dita somente irá se consumar pelo efeito de uma emoção. Isto implica dizer que o diferencial sobre nossas decisões pode estar em sabermos reconhecer sob quais emoções estamos tomando nossas decisões. Não bastando então, dedicar nossa atenção somente desejando raciocinar adequadamente. Assim, perceber que quando estamos sob os efeitos de determinadas emoções, existem coisas possíveis de se realizar e outras que não o são. E, sobretudo, compreender que quando determinadas emoções estão presentes, concordamos com maior ou menor grau de facilidade com algumas idéias é um detalhe fundamental para que possamos empreender atitudes mais eficazes frente a uma necessidade de escolha. Sem dúvida alguma, ao longo do dia realizamos inúmeras decisões sem a prévia consciência de nossas emoções. E, portanto, otimizar este processo se tornou uma necessidade, principalmente, se levarmos em conta que através dele em muitos casos poderemos deixar de ser uma vítima para sermos o dono da situação.



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