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Conhecimento das puérperas acerca do Aleitamento Materno
(Joana Fechado Nunes; Zita Sofia F. Barradas)

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Está mundialmente provado que a prática do aleitamento materno exclusivo é a melhor forma de alimentar as crianças, porque o leite materno é um alimento vivo, completo e inato, apropriado para, sensivelmente, todos os recém-nascidos, pois contém todos os nutrientes imprescindíveis ao seu crescimento (Ávila, 2004).
Contudo, Costa et al (1997) citando Uma forma saudável de crescer (2004) – Nursing, referem que apesar do conhecimento inegável do valor do leite materno e respectivos benefícios, ainda é frequente o desmame precoce, mesmo nas mulheres que têm acesso à informação.
Apesar dos investimentos empreendidos para a promoção do aleitamento materno, a sua prevalência continua a diminuir ao longo dos meses. Esta constatação, aliada não só à percepção da insuficiência de conhecimentos acerca desta temática pelas puérperas por nós cuidadas aquando do nosso ensino clínico no Serviço de Obstetrícia do HCF, mas também por sabermos que a grande maioria foi seguida no período pré-natal no Centro de Saúde e fizeram o curso de preparação psico-profilática para o parto, levou-nos a realizar o nosso estudo nesta área.
É na certeza de que a/o enfermeira/o é fundamental para que ocorra a mutação desejável e subsista uma prática do aleitamento materno bem sucedida que surgiu o nosso objectivo em identificar e descrever “Que Conhecimento têm as puerpéras acerca do Aleitamento Materno?”.
Este trabalho é quantitativo, de nível I, do tipo exploratório-descritivo simples. O instrumento de pesquisa foi o questionário constituído por 9 questões que caracterizam a amostra e 37 indicadores enquadrados em oito componentes acerca do aleitamento materno. A amostra foi não probabilística acidental, constituída por 82 puérperas, que frequentaram o Serviço de Obstetrícia do HCF de 8 a 18 de Março de 2007.
Baseámo-nos em autores como: Brazelton (1988, 2000, 2004, 2005), Perry (1999), Pedro (2000, 2002, 2003, 2004), Araújo et al (2002), Bértolo e Levy (2002), Galvão (2002), Levy (2003), Gil (1991), Hungler e Polit (1995), Fortin (1999), Almeida e Freire (2000), Burns e Grove (2001), entre outros.
A grande maioria (54,88%) das puérperas está na faixa etária dos 25-34 anos; a média de idades foi de 28,01 anos; o desvio padrão de 6,08 anos; 35,37% das puérperas residem no Funchal; 69,51% são casadas; 46,34% estudaram até ao 5º/9º ano; 36,59% estão incluídas no grupo de Pessoal dos serviços e vendedores; 57,32% das puérperas foram assistidas pelo Médico Privado e 58,54% não foram assistidas no Centro de Saúde; 58,54% são primíparas; das puérperas multíparas 67,65% têm dois filhos e 70,59% amamentaram todos os filhos; 19,35% amamentaram o último filho até aos 2 meses; 57,32% teve parto eutócico e 41,46% referiram que as fontes de conhecimentos sobre o aleitamento materno foram os enfermeiros do Centro de Saúde.
Quanto à variável em estudo, verificámos que 84,15% das puérperas responderam correctamente aos dois indicadores da componente “conhecimento acerca da duração ideal do aleitamento materno”.
Na componente “conhecimento sobre a composição do leite materno”, a maioria das puérperas responderam correctamente a 5 dos 8 indicadores que a constituem com 50,00%, 78,05%, 82,93%, 84,15% e 98,78%.
Na componente “conhecimento sobre a produção do leite materno”, responderam correctamente a 4 indicadores 73,17%, 75,61% em 2 dos indicadores e 85,37% das puérperas. 45,12% e 31,71% responderam incorrectamente a 2 indicadores e 30,49% e 24,39% não receberam informação sobre o tema.
Na componente “conhecimento acerca dos benefícios do aleitamento materno para o bebé”, 67,07%, 86,59% e 91, 46% das puérperas responderam correctamente aos 3 indicadores.
Quanto à componente “conhecimento sobre as vantagens do aleitamento materno para a mãe”, 68,29%, 75,61% e 98,78% das puérperas responderam correctamente aos 3 indicadores.
Já quanto à componente “conhecimento sobre a técnica do aleitamento materno”, constatámos que 87,80%, 93,90% em 2 indicadores e 96,34% responderam correctamente.
Na componente “conhecimento sobre a extracção e acondicionamento do leite materno”, 50,00%, 54,88% e 56,10% das puérperas responderam correctamente a 3 dos 6 indicadores. 29,27% e 47,56% responderam incorrectamente e 32,93% não receberam informação num indicador.
No que concerne à componente “conhecimento sobre as contra-indicações do aleitamento materno”, 54,44% e 70,73% das puérperas responderam correctamente a 2 dos 3 indicadores.
Apurámos que o conhecimento das puérperas foi positivo nas componentes “conhecimento sobre a técnica do aleitamento materno” (95,12%), “conhecimento acerca da duração ideal do aleitamento materno” (70,73%), “conhecimento sobre os benefícios do aleitamento materno para o bebé” (54,88%) e “conhecimento sobre as vantagens do aleitamento materno para a mãe” (52,44%). Nas componentes “conhecimento sobre a composição do leite materno” (56,10%) e “conhecimento sobre a produção do leite materno” (54,88%) o conhecimento foi intermédio e nas componentes “conhecimento sobre as contra-indicações do aleitamento materno” (41,46%) e o “conhecimento sobre a extracção e acondicionamento do leite materno” (40,24%) destacou-se o conhecimento negativo, apesar de não corresponder à maioria das puérperas.



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