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O DIA
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AS LINHAS DA MORTE Rio de Janeiro: Linhas Amarela e Vermelha. Horizontais do terror. Criadas para proporcionar bem-estar e rapidez e conseqüentemente proporcionar vantagens, virou ameaça aos que optam por passar por elas e chegar mais rápido ao local a que se destinam.Na vermelha, se paga pedágio. Pedágio para o inferno. Na amarela, não se paga nada; além da passagem para o além. Estas duas tornaram-se símbolo do expresso do nada para lugar nenhum. As trilhas seguem à guerra dos comandos, da posse do Poder, dos descomandados que aturdidos movem-se rápido, prontos para depenar suas vítimas e quem sabe, se a sorte ajudar, a morte sorrirá nas bandejas de oferecimento como troféus. Eles descem dos céus como estrelas expulsas, cadentes e descrentes, para brilharem nas passarelas horizontais das cores. Desfazem seus tons e pincelam o preto do luto. Segurança está longe da realidade colorida dos túneis. Seguem as linhas, deixando corpos, carros queimados e buracos. Deixando saudade da bela obra inaugurada no papel. Segurança... Ficou somente a aprovação de um projeto ideologicamente perfeito, fácil e rápido. Ou se anda nas verticais ou cai na horizontal das linhas. Os comandos e descomandos das linhas da morte, subescrevendo em cima das linhas da vida... Rose de Castro



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