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Lei Seca
(Dogival Duarte; Apollo Dantas)

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Lei Seca

O poeta gaúcho Mário Quintana revelou que “a experiência é uma mãe que chega tarde”. Recordo o poeta quando leio o debate sobre a Lei Seca na imprensa.
Há três anos estive numa cidade do interior maranhense que estava com alto índice de violência. Um levantamento constatou que a maioria dos crimes, acidente de carros e motos aconteciam de madrugada, ou seja, quando o nível de bebida já havia alcançado o limite do máximo. O delegado instituiu a Lei Seca.
Cidade do interior é bom também por causa disso: a grande imprensa não desvirtua o conceito e os valores das coisas.
Logo que cheguei fui informado da Lei Seca, pois a festa das Bodas de Ouro de meus pais não poderia ir além da meia-noite. Mas como, perguntei. Meu cunhado que é advogado explicou. A Lei Seca, implantada há um ano diminuiu o índice de violência e mortes em 75%. Fiquei surpreso. Ele fez uma ampla explicação que ouvi atento. No final, ele arrematou: “Mas como a festa será em local fechado, reservado, farei um ofício ao Delegado pedindo que a festa vá até às duas horas da manhã”. Ok, concordei. “Mas depois das duas, nenhum minuto a mais”, alertou. “Corremos o risco de ser preso”, concluiu. Fiquei pensativo e indaguei muitas pessoas. De fato a população concordava com o fato.
Dizem que no início da Lei Seca os donos de bares reclamaram bastante e até xingaram, mas com o tempo e os levantamentos da diminuição da violência, inclusive roubos, a população aprovou a sentença.
Em julho deste ano estive em Belém do Pará: meia-noite a polícia apareceu e o dono do bar entrou em pânico. Não havia nos avisado e estávamos na calçada do bar, sentados e confraternizando. Depois de dois dedos de prosa o dono do bar nos explicou sobre a Lei Seca e em menos de um minuto estávamos a caminho de casa falando sobre o caso e eu expliquei sobre a Lei Seca lá no Maranhão.
Agora a polêmica da Lei Seca toma conta dos gaúchos. Falem o que quiser, digam o que quiser, resmunguem, xinguem, mas minha experiência com a Lei Seca é excelente. Aprovo a Lei Seca em gênero, número e grau.
Outro dia alguém bradou: “Ah, mas não terá fiscalização”! Tem sim, respondi. Se no Maranhão tem, se em Belém tem, como no Rio Grande do Sul não pode ter? Se lá funciona, porque aqui não funcionará?
No Estado já chegamos a um nível insuportável e abusivo de violência, em todos os aspectos. Bota a Lei Seca e veremos como tudo isso diminuirá de forma surpreendente.
Os donos de bares, restaurantes, comilanças e bebelanças etc, que botem o dedo na consciência e reflitam que a vida de cada pessoa salva pela Lei Seca vale muito mais do que os pilas que vão faturar com a venda pós meia-noite.
Alguém quer beber até de madrugada? Que beba em casa com a família ou de forma que não esteja dando bandeira, provocando acidentes ou desavenças.
Não sei se estou ficando velho, mas a experiência daqueles lugares com a Lei Seca me ajudaram a discernir que a Lei Seca é excelente, providencial e necessária para a preservação da vida, em todos os seus aspectos.
Ao recordar o poeta gaúcho e o profeta, informo: Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça! Dogival Duarte / Escritor e jornalista. Contatos: [email protected]



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