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REGRESSO DE JANIO
(Jerson;)

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REGRESSO DE JANIO No ano seguinte à renúncia Jânio foi candidato a governador de São Paulo sendo derrotado por seu velho desafeto Adhemar de Barros. Com a eclosão do Regime Militar de 1964 foi um dos três ex-presidentes a ter seus direitos políticos cassados ao lado de João Goulart e Juscelino Kubitschek. Em 1968, após fazer um discurso considerado "subversivo" na cidade sul mato-grossense de Corumbá, foi detido pelas autoridades locais e ficou encarcerado durante quatro meses. Recuperou os direitos políticos em 1974 mas manteve-se afastado das urnas inclusive nas eleições legislativas de 1978, ano em que seus simpatizantes (agrupados sob o denominado "Movimento Popular Jânio Quadros") o levaram a visitar o bairro paulistano de Vila Maria, tradicional reduto "janista". Em novembro do ano seguinte manifestou a intenção de concorrer à sucessão de Paulo Maluf ao governo do estado de São Paulo filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (agora de centro-direita, tendo pouca relação com a antiga legenda de Getúlio e Jango) tão logo foi efetivada a reforma partidária. Ciclotímico, Jânio Quadros deixou o PTB sete meses depois de sua filiação e ingressou no PMDB tendo sua "entrada" indeferida pela executiva nacional do partido retornando assim ao PTB, legenda pela qual foi candidato a governador de São Paulo em 1982 num pleito onde o vitorioso foi Franco Montoro, seu antigo correligionário no PDC. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo mesmo partido, derrotando o candidato situacionista senador Fernando Henrique Cardoso (PMDB) e o representante das esquerdas, deputado federal Eduardo Suplicy (PT). A vitória de Jânio Quadros contrariou os prognósticos dos institutos de pesquisa e contradisse as avaliações segundo as quais o ex-presidente era tido como um nome "ultrapassado" no novo contexto da política brasileira emergente do processo de redemocratização e da campanha das Diretas Já. Seu mandato foi exercido até o primeiro dia de 1989, quando passou o cargo para a esquerdista Luiza Erundina (que derrotou, dentre outros, João Mellão Neto, Secretário de Administração de Jânio Quadros). Em sua última empreitada político-administrativa repetiu seus lances populistas habituais: pendurou uma chuteira em seu gabinete (para dar conta do seu suposto desinteresse em prosseguir na política), proibiu jogos de sunga no Parque do Ibirapuera, então sede da prefeitura, dissolveu a escola de balé municipal por conta da suposta homossexualidade dos docentes, aplicou multas de trânsito pessoalmente e tentou fechar os cinemas que exibiam o filme A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese, por considerá-lo desrespeitoso. Ao mesmo tempo em que criava factóides midiáticos, investia em obras de infra-estrutura, no setor de limpeza pública, no saneamento básico, na saúde e na habitação. Grande conhecedor dos problemas de trânsito sua cidade, concebeu pessoalmente o sistema viário de multiplos tuneis, que conectam diversas avenidas vitais de São Paulo, a cujas complexas e demoradas obras deu início, ainda em seu mandato. Após terem sido interrompidas por Luiza Erundina, que lhe sucedeu, essas obras foram retomadas e parcialmente concluídas na gestão de Paulo Maluf. O atual prefeito, Gilberto Kassab cogita em dar-lhes continuidade . Segundo alguns analistas políticos e representantes da sociedade civil Jãnio teria adotado um estilo "autoritário" em diversas situações. Criou a Guarda Civil Metropolitana para reforçar o policiamento na cidade, sendo por isso criticado por seus adversários, que a viram como um de seus instrumentos de "repressão". Ao longo de seu mandato afastou-se diversas vezes do cargo para cuidar tanto de sua saúde, já abalada, quanto da de sua mulher, Dona Eloá Quadros (falecida em 1990). Faltando dez dias para o término de seu mandato viajou para Londres. Sua saúde frágil o impediu de concorrer à Presidência da República em 1989 (teria recebido inclusive um convite do PSD, que depois lançaria o nome de Ronaldo Caiado)e por conta desse fato hipotecou apoio ao ascendente Fernando Collor, cujo discurso e práticas políticas eram similares às suas. Faleceu em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 1992, em estado vegetativo, vítima de três derrames cerebrais. Seu apelido era "Vassourinha", graças ao lema de sua campanha que pretendia "varrer" do Brasil os males da corrupção - uma clara alusão aos enormes gastos do governo de Juscelino Kubitschek, que gerou déficits orçamentários devido ao seu ambicioso Plano de Metas. Herdeiros políticos Sua única filha Dirce Tutu Quadros (com quem tinha um relacionamento tempestuoso) foi eleita deputada federal em 1986 e em 1988 inscreveu seu nome entre os fundadores do PSDB tendo, nesse meio tempo, participado da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição vigente desde 1988. Uma polêmica jurídica acerca da perda de nacionalidade de Tutu, por conta de ter efetivada a naturalização para a cidadania norte-americana, fez com que ela logo em seguida se afastasse da política. Obras publicadas Jânio Quadro publicou as obras Curso prático da língua portuguesa e sua literatura (1966), História do povo brasileiro (1967, em co-autoria com Afonso Arinos), Novo Dicionário Prático da Língua Portuguesa (1976) e Quinze contos (1983).



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