Correio da Manhã
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"O nível de endividamento dos portugueses não pára de aumentar e os problemas daí decorrentes também não. Até Setembro passado, 1092 portugueses pediram ajuda à DECO – Associação de Defesa do Consumidor – para tentarem encontrar uma solução para a situações desesperadas de sobreendividamento. Um número que representa um crescimento significativo face a 2006, quando 905 consumidores pediram ajuda."
O endividamento cresce de dia para dia em Portugal. A principal razão diz-se ser, o aumento das taxas de juro á habitação, o que tem feito aumentar e muito as rendas das casas. Os salários são em média baixos, e até existem casos, em que apesar de os salários não serem baixos, existe uma má gestão do dinheiro.
Os bancos cada vez mais, tentam vender crédito, na sua maioria em forma de cartões de crédito, que apesar de poderem ter taxas não muito altas, têm obrigatoriamente de ser pagos á medida que são utilizados. O grande problema, surge com os baixos salários, as despesas que são sempre as mesmas, as rendas que estão sempre a subir, e a necessidade ou não de adquirir determinados bens a crédito. Ou porque o filho precisa de um computador, ou porque uma maquina avariou, ou porque a pessoa decide não ser escrava da vida e decide este ano tirar umas férias merecidas e que serão pagas em suaves prestações.
O problema é que já ninguém pensa nos imprevistos que surgem e nos azares que por vezes aparecem pelo caminho, e de repente quando surge alguma coisa, não conseguem fazer face ás dividas, ou porque se fica desempregado, ou porque aparece uma doença, ou porque as taxas de juro disparam de tal forma que se passa de uma renda de 400€ para 480€.
Em muitos casos, quando algo acontece, deixa-se de poder cumprir com as prestações que até agora se conseguiam ter em dia. O crédito do carro, crédito pessoal, ou cartões visa, são as primeiras coisas que começam a ser uma sobrecarga.
A velha máxima de que não podemos dar o passo maior do que a perna vem aqui á baila, porque talvez fosse boa ideia, só nos metermos numa coisa, depois de ter a outra concluída. Seria mais fácil no caso de algo acontecer, tentar suportar uma prestação extra do que várias.
A Deco tenta ajudar as famílias que a ela recorrem, tentando junto dos bancos reavaliar taxas e spreads e condições de pagamento.
Usar o cartão de crédito por habituação não é bom sistema, talvez utiliza-lo para efectuar uma compra isolada, assim que poder pagar e só depois voltar a usa-lo. O que acontece a quem o usa por norma, é que acaba por ter mais esta mensalidade ao fim do mês, e nunca se consegue livrar desta despesa a não ser que receba um dinheiro extra e o consiga amortizar.
Quando a pessoa se vira para créditos fáceis, cuja resposta é dada em menos de 24 horas, pior ainda, porque para além dos juros serem altíssimos, coisa que a pessoa ignora pois dá-lhe jeito um crédito rápido, se a pessoa deixa de pagar o problema vai para o contencioso, o que já vai implicar tribunal, empresas de cobranças difíceis, entidade empregadora colocada ao corrente, enfim, uma confusão por si só, como também exposta a vida da pessoa.
É fundamental estudar, avaliar as situações, avaliar as compras, consumir com calma, e não tentar mostrar ter um poder de compra que na realidade a pessoa não tem. É procurar eventos, exposições, viagens onde os custos sejam reduzidos, no que diz respeito ao tempo livre, comparar preços, e o mais importante de tudo não realizar muitos créditos ao mesmo tempo.
É bem melhor ir conseguindo pagar tudo a tempo e horas, do que de repente ver-se a braços com dividas intermináveis.
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