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2º Capitulo - A Frustração da tecnologia ou a Tecnologia da Frustração O segundo capitulo do Livro “Familia em Rede”, denominado “Tecnologia” dedica-se em grande parte na divergência entre “Ciberutópicos” e “Cibercriticos”, bem como nas vantagens e perigos desta nova era em que as novas tecnologias parecem estar a ganhar terreno de uma forma imparável e ainda nas consequências que as mesmas poderão surtir quer em termos de aprendizagens quer em termos de relações interpessoais.O autor dá-nos a sua opinião, ambos estão certos, quando se faz uma análise mais superficial, e no entanto ambas as perspectivas se revelam erradas quando analisadas mais profundamente.Em minha opinião, a utilização de novas tecnologias poderá significar um leque de novas oportunidades para os seus utilizadores, mas temos de tomar muita atenção ás consequências que poderão advir dessa mesma utilização.E aqui neste ponto deparo-me com a mesma questão com que certamente já tantas outras pessoas, certamente, já se depararam:Serei um Cibercrítico ou um Ciberutópico?Curiosamente, ou talvez não, sinto alguma dificuldade em me situar numa ou noutra perspectiva, pelo menos de uma forma clara, isto porque tenho de reconhecer que por um lado, sou um ciberutópico, sempre que preciso saber algo mais sobre um determinado assunto, eu, vejo-me a pesquisar na net, só recorrendo a outro tipo de auxiliar pedagógico quando dou por esgotado o recurso Internet, se é que podemos consederar, alguma vez, este recurso como esgotado, pois, acontece-me amiúde, ir pesquisar um assunto e ser conduzido para outros que não faziam parte da minha lista de interesses de pesquisa.Simultaneamente identifico-me como um Cibercrítico, pois inúmeras vezes me questiono se a utilização do computador não poderá ter consequências graves para com os utilizadores mais novos, nomeadamente na utilização de uma linguagem muito própria e ao mesmo tempo pouco condizentes com o Português correcto.Nesta altura, os Ciberutópicos já devem estar a gritar, afim de fazerem valer uma das suas frases preferidas:"Uma das maiores contribuições do computador é a oportunidade para as crianças experimentarem a excitação de se empenharem em perseguir os conhecimentos que realmente desejam obter"Aqui convém relembrar o que pensa o autor acerca desta matéria:”…a aprendizagem é mais bem sucedida quando o aprendiz participa voluntária e empenhadamente…”Nesta altura já uma questão aflora no meu cérebro:"Novas" tecnologias ou tecnologias "tradicionais"?Parece-me que a opção pelas Novas Tecnologias seria a escolha mais óbvia para muitos de nós e também do autor. Relembremos o que diz o autor:“Não existe nada de estranho ou de errado no facto de os primeiros passos da utilização de uma nova tecnologia serem uma ajuda para as velhas formas de fazer as coisas."(pág. 51, cap. 2), não osbtante que se procure ir sempre mais além e explorar aquilo que as novas tecnologias têm de novo. Deste modo, pode conferir-se um novo sentido à educação e às aprendizagens, proporcionando às crianças, aprender de modo mais empenhado, voluntário, interessado e motivado” o autor recorre a alguns exemplos concretos e alerta para um novo conceito - Fluência Tecnológica.E o que é Fluência Tecnológica? De acordo com Papert, consiste numa colecção de capacidades computacionais, muito diferentes do que se encontra num currículo tradicional de literacia computacional? (conhecimento superficial sobre os componentes do computador e programas utilizados), isto é, fluência tecnológica, que se destina a toda a família. A fluência tecnológica é a descrição pormenorizada de um projecto elaborado por uma determinada família.O que acontece frequentemente, é os filhos espantarem os pais com a sua fluência tecnológica. Isto acontece, porque a reacção que os filhos têm a algo que não se sabe como funciona é diferente da dos pais. Porquê? Porque reacção comum dos pais ao depararem-se com algo embaraçoso, algum problema, correm a pedir ajuda, pois tem medo de tentar, enquanto os seus filhos carregaram em algumas teclas de forma a resolver o problema. Reflecte-se assim, a inexistência de receio de experimentar nas crianças, permitindo-lhes ter um maior à vontade perante as várias situações. Por outro lado, os pais como têm medo de arriscar acabam por ficar inibidos à exploração que certamente levaria à resposta correcta.Em suma, a fluência tecnológica só se adquire através do manuseamento de vários tipos de programas, desenvolvendo assim um modo de aprendizagem: Aprendizagem por tentativas.Poderia continuar a falar de muitos outros dos assuntos que Papert trata neste capitulo, mas não o irei fazer, porque estar aqui a referir o que são tecnologias transparentes e opacas, ou indicando o site que poderá ajudar um pai analfabeto, computacionalmente falando, a construir uma página da Internet:Mas de que valeria tudo isto, provavelmente provaria que eu li o livro que me tinha sido apresentado como obrigatório, mas conseguiria provar que eu compreendi a mensagem que o autor pretendia transmitir?Ora quando estamos a tentar fazer uma síntese do segundo capitulo de um livro e ainda não recebemos o feed-back da síntese do primeiro capitulo, será que não temos o direito de questionar as vantagens das novas tecnologias?Francisco Ferreira
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