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Estruturalismo, Subjetivismo e Sociologia Relacional: o papel da educação em cada perspectiva
(Pablo Silva Machado Bispo dos Santos)

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Em Ciências Sociais é possível dividir os estudos realizados em três perspectivas: estruturalista, subjetvista e sociologia relacional.No tocante à perspectiva estruturalista (estruturalismo), é correto dizer que esta se liga a autores como Karl Marx. Nesta perspetiva as estruturas sociais (e de certo modo o meio) determinam tudo o que acontece em sociedade, seja em relação aos fenômenos coletivos, seja em relação ao destino individual. Exemplo disto é a idéia marxista de "consciência de classe", noção que vai propor que "um proletário somente pode pensar como proletário" e "um burguês somente pode pensar como um burguês", já que as estruturas sociais (neste caso as classes) são o fator que determina as coisas em sociedade. Assim, sendo, a educação é um fator a partir do qual o sujeito adquire a consciência de classe "proletária" a qual deve lutar contra a consciência de classe burguesa e, contra a própria burguesia (já que Marx é um revolucionário), cabendo às escolas transmitir isto a seus alunos, de modo que estes possam vir a criticar a sociedade capitalista vigente e lutar pela implementação de um governo socialista. Neste sentido, é correto afirmar que, estando as escolas inseridas no modo de produção da sociedade, a perspectiva será geralmente "macro", ou seja, a perspectiva que tenta compreender a lógica dos grandes sistemas de ensino como forma de entender as relações entre educação e sociedade.Naquilo que se refere à perspectiva subjetivista (subjetivismo), se dá exatamente o inverso. Nesta perspectiva o indivíduo é o fator que define o que ocorre em sociedade. Exemplo desta perspectiva pode ser visto em (ao menos alguns) estudos de Max Weber, nos quais o papel individual sobressai sobre a estrutura social. Em estudos weberianos é comum vermos os indiviíduos em papel de destaque e o foco da análise incidir especialmente sobre a maneira como o indivíduo se utiliza das estruturas sociais para atingir seus objetivos pessoais. A sociologia weberiana deu origem a pesquisas que procuram evidenciar de que forma o indivíduo adquire carisma e prestígio e como isto é usado em proveito próprio. Em educação, a teoria weberiana vai procurar explicar de que forma as estratégias individuais para vencer na vida estão ligadas ao sucesso obtido na escola (e posteriormente na vida) e isto se dá em nível micro, pois é nas salas de aula que podemos perceber mais claramente tais interações entre os indivíduos na luta pelo prestígio e pelo poder.A perspectiva chamada Sociologia Relacional é mais recente. Ao contrário dos clássicos da Sociologia, ela somente começa a ser trabalhada no meio do século passado. Nesta perspectiva, tanto o indivíduo quanto a estrutura social tem de ser levado em conta quando se faz pesquisa em sociologia. Exemplo de autor que trabalha nesta perspectiva é Pierre Bourdieu, o qual analisou simultâneamente o sistema de ensino francês e o modo como estes indivíduos se relacionavam com tal sistema de ensino (pegando então as dimensões macro e micro), colocando ênfase no estudo intensivo da escola enquanto unidade intermediária entre as salas de aula (o micro) e os sistemas de ensino (o macro). Os estudos em sociologia da educação, nesta perspectiva vão focar o nível meso de análise (a escola) pois é aí que se situam de forma mais clara as relações entre os níveis de análise micro e macro. Dedico este texto a todos os meus alunos de uma grande universidade brasileira, mas é do meu interesse que todos tenham aproveitado.



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