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Futuro de Classe e Causalidade do Provável (2)
(Pierre Bourdieu)

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Segue aqui neste resumo a continuação da análise deste artigo de Bourdieu inicada no artigo anterior:

· O habitus “camuflado”: “”(…) os efeitos do habitus jamais se encontram tão bem escondidos a não ser quando aparecem como efeito da estrutura (…) porque são produzidos por agentes que são a estrutura “ feita homem” (p. 98)”.
· Os “recursos morais” como reserva de energia para promover a ascensão social: “Como essa força adicional não pode exercer-se a não ser negativamente, como poder de limitação e restrição, é compreensível que não se possa medir seus efeitos senão sob a forma de “ grandezas negativas”, como diria Kant (p. 100)”.
· A relação entre habitus e trajetória (em nível individual e coletivo): “(…) as disposições frente ao futuro e, por conseqüência as estratégias de reprodução [biológica], dependem não só da posição sincronicamente definida da classe e do indivíduo na classe, mas do sentido da trajetória coletiva do grupo (…) e, secundariamente da trajetória particular do indivíduo (p. 101)”.
· Diversidade de ethos no interior da mesma classe: “Membros de uma mesma classe podem ter disposições frente ao futuro, portanto disposições morais, radicalmente diferentes segundo façam parte de uma fração globalmente em ascensão ou em declínio (p. 101)”.
· Mudança de ideologia política entre os indivíduos da pequena burguesia: “A indignação moral engendra posicionamentos fundamentalmente ambíguos: o anarquismo ou humanismo (…) reorientam-se muito facilmente para o nilismo de coloração fascista (p. 103)”.
· O habitus e a inclinação dos pequeno-burgueses: “Seu habitus é o sentido de sua trajetória social (…) que se tornou inclinação, pela qual a sua trajetória ascendente tende a prolongar-se e realizar-se (p. 104)”.
· Pretensão e “pré-tensão”: “A pretensão também pode ser escrita como pré-tensão, sentido ascensional convertido em inclinação [ e incorporado como estado emocional intra-subjetivo] (p. 105)”.
· A “pré-tensão” como fonte de energia para a ascensão social: “(…)ela é também o que lhe dá a força necessária para extrair de si mesmo (…) os meios culturais e econômicos indispensáveis à ascensão (p. 106)”.
· Taxinomia da moral burguesa: “A taxinomia ética dominante, aplicação do sistema de classificação da classe dominante ao campo da moral, resume-se em um sistema de qualidades e qualificativos que se organizam em torno da oposição entre as maneiras positivamente sancionadas ou “ distintas” (isto é, as maneiras dominantes) e as maneiras negativamente sancionadas [dominadas](p. 108)”.
· A subdivisão taxinômica relativa às qualidades dominadas: “É assim que as qualidades dominadas recebem sempre duas expressões, uma freqüentemente negativa, situa-se na série da pretensão (que deve ser reprimida) e a outra, eufemística, atribui às qualidades dominadas o respeito que elas atraem para si ao se aceitarem como tais (p. 109)”.
· Naturalidade, distinção e divisão social: “A naturalidade (assim como seu antônimo, o constrangimento) designa ao mesmo tempo, uma maneira de ser e um tipo particular de condições materiais de existência (p. 110)”.
· Divisão social como condicionante de um habitus expresso nas estratégias e práticas de cada classe de agentes: “As práticas de uma determinada classe de agentes dependem não apenas da estrutura das chances teóricas médias de lucro, mas das chances especificamente ligadas a essa classe (p. 110)”.
· O habitus ligado à preempção e a causalidade do provável: “A antecipação prática, mais ou menos adequada, que está no princípio dessa “ causalidade do provável” deve-se ao habitus (…) o habitus engendra, nesse caso, práticas que se antecipam ao futuro objetivo (p. 111)”.
· Sobre a causalidade do provável: “A causalidade do provável é o resultado dessa espécie entre o habitus, cujas antecipações práticas repousam sobre toda a experiência anterior e as significações prováveis (p. 111)”.
· Habitus, memória social e história: “O habitus, isto é, o organismo do qual o grupo se apropriou e que é apropriada ao grupo, funciona como o suporte material da memória coletiva: instrumento de um grupo, tende a reproduzir nos sucessores o que foi adquirido pelos predecessores (p. 113)”.
· O habitus e os campos: “[As práticas] Enquanto estruturas estruturadas que a mesma estrutura estruturada [o habitus] produz sem cessar, ao preço de retraduções impostas pela lógica própria aos diferentes campos, todas as práticas do mesmo agente são objetivamente harmonizadas entre si (p. 114)”.
· O estudo das estratégias dos agentes e sua importância para as Ciências Humanas e Sociais: “Construir um objeto tal como o sistema de estratégias de reprodução (…) é encontrar o meio para pensar em usa unidade os fenômenos objetivamente ligados que as ciências do homem apreendem de forma desordenada e em estado de separação (p. 115)”.



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