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Antologia Poética (2)
(Carlos Drummond de Andrade)

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Canção amiga: é um aos textos de ritmo mais fluente e mais musical de toda a obra de Drummond, fundado em versos redondilhos maiores (sete sílabas). As imagens são de uma simplicidade iluminada. Neste poema, a desejada unidade harmónica da vida — para além das negações, das rupturas, das cisões, das precariedades — está anunciada: há uma rara e difícil positividade das idéias e das metáforas. Observe a interação entre os versos redondilhos, as estrofes regulares (quatro de quatro versos, uma de três versas) e o coloquial intensamente expressivo.Os ombros suportam o mundo: Outro poema político e existencial de grande intensidade, representante da poesia social de Drummond, aquela em que o coração é menor, muito menor que o mundo. Questionador da relação conflituosa do indivíduo e do mundo, numa perspectiva anti-romântica, antilírtca convencional, chamando à vida que há por se fazer. Texto que exemplifica como a linguagem coloquial e a imagens diretas podem ser altamente expressivas, no reconhecimento da necessidade de percebe que a vida é uma ordem, sem mistificação, sem ilusões vãs, com sobriedade, clareza e desencanto irônico, amargo, embora não resignado.Uma, duas argolinhas - Quadrilha: Poema-piada, em versos livres, tipicamente modernista e drurnmondiano: carregado de antilirismo, de ironia seca e amarga, sobre os desconcertos do amor, sobre a cadeia de desencontros e a permanente falta de correspondência das relações amorosas, mas com humor, que se acentua na figura de Lili, a que não amava e que se casa... Corno se o casamento nada tivesse a ver com as histórias de amor. Amar: Poema filosófico de alto nível, observe os ritmos, ao mesmo tempo tensos e fluentes, a complexa rede de metáforas enumeradas. O texto funde o lírico da temática amorosa e o épico da reflexão coletiva, universal, sobre a necessidade de amar. A linguagem funde o coloquial — amar e malamar — e o culto — e amar o inóspito. Atravessando de indagações e de respostas, este é um dos mais significativos poemas de amor de toda a língua brasileira. Poesia contemplada: Outro poema fundamental na obra de Drummond e no Modernismo brasileiro. Metapoema, metalinguagem. Poesia que fala de poesia. A concepção é universal na poética moderna: a poesia se faz com palavras, a poesia está na linguagem. O fazer poético é penetração no reino das palavras, descoberta de suas faces secretas, que se escondem sob a face neutra, aparente, usual. Na praça de convites: Poema de experimentação verbal, de experiências com as palavras: criação de neologismos, disposições visuais significantes, jogos sonoros fragmentários, descontinuidade. radical dos versos. Observe a intensa ironia drummondiana. parodiando os termos e os slogans da sociedade de consumo altamente urbana e industrial.Tentativa de exploração e de interpretação do estar-no-mundo: Provavelmente este é o mais polêmico poema da história do Modernismo, por sua concepçao e sua estrutura revolucionárias: os versos se repetem, circulares, em tomo da pedra (a frase vai até a pedra e volta, sem ultrapassá-la). Por essa organização sintática pelo radical coloquialismo da linguagem, pelas inumeráveis leituras metafóricas que possibilita, este poema tornou-se um símbolo da poesia de Drummond e do Modernismo brasileiro. No meio do caminho, de poesia anti poética, de lírica antilírica, ilustra a travessia do poeta e de todos nós entre o individual e o social, o coração e a pedra no meio do caminho, o mundo.A máquina do mundo: Poema épico-filosófico de dimensão universal. Escrito em tercetos/estrofes de três versos (como a Divina comédia, de Dante) e em versos decassílabos camonianos, sem rima. O texto representa o tema da máquina do mundo, do episódio de ilha dos amores (Os Lusíadas), em que Vênus, em homenagem às conquistas portuguesas, revela a Vasco da Gama a máquina do cosmos, a estrutura do universo, síntese da concepção da natureza. Numa postura moderna, radicalmente antiépica, anti-heróica, o narrador-personagem se recusa a contemplá-la e continua o caminho, de mãos pensas...



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