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Langston Hughes II
(John Lester)

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Essa coisa de consciência negra sempre me faz lembrar da elite intelectual do Harlem Renaissance, grupo de pensadores pertencentes à classe média afro-americana que odiavam jazz e pretendiam rever o papel do negro no século XX norte-americano. Os poucos que não odiavam jazz, sentiam vergonha dessa música feita por negros viciados, rebeldes, lascivos, insubordinados e sorridentes que não queriam engraxar os sapatos dos brancos. Na verdade, os intelectuais negros do Harlem Renaissance gostavam mesmo era de música clássica européia ou, quando muito, de um ragtime bem comportado, previsível e sem improviso. Um dos poucos visionários do movimento que teve sensibilidade para compreender o jazz e se apaixonar por esse estilo considerado chulo pela elite negra foi Langston Hughes, na minha opinião o mais importante poeta do movimento Harlem Renaissance. Hughes percebeu que a estética oferecida pelo jazz era riquíssima, verdadeiramente negra, original e arrebatadora. Foi assim que Hughes desceu do pedestal de mármore branco onde se empoleirava a elite negra e gravou seus poemas com vários músicos de jazz. Cem anos depois, no Brasil, vejo muitos negros se envergonharem de dançar um pagode ou sacudir as ancas numa roda de samba, renegando Pixinguinha e aplaudindo Villa-Lobos. Ainda bem que nunca pretendi ser intelectual e me contento em ler A Preguiça Como Método De Trabalho, do poeta maior Mário Quintana. Deixo aqui minha homenagem a Hughes, um negro que nunca tentou clarear a pele ou alisar os cabelos para formar sua consciência negra.



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