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Tecnologia e escravidão
(Dennys Robson Girardi)

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Quando nos colocamos a observar a globalização, deparamos com um forte processo de homogeneização. Este processo tende a acabar com as diferenças, assumindo um único modelo dominante. Durante as navegações, o modelo dominante foi o europeu-cristão. Os desbravadores e missionários, em suas colônias, tinham a árdua função de transformar todos os homens em pessoas como eles, obedientes à hierarquia e crentes na verdade do cristianismo. Aqueles que por algum motivo não se adequavam a esse padrão eram considerados subumanos, e de acordo com a fé, nem eram possuidores de alma. Na compreensão medieval alma tinha a ver com tudo que diz respeito à racionalidade, ao pensamento e ao amor. Assim, somente o padrão europeu tinha o pleno uso das faculdades humanas. Hoje vivemos a acessão da hegemonia tecnológico-capitalista. Somos impulsionados ao consumo das novidades HI-TEC. O modelo consumista, instaurado pelo capitalismo, está criando um abismo entre aqueles que têm acesso às novas tecnologias e os que não têm. Os que têm acesso começaram a criar inovações e necessidades para todos. Hoje, conseguimos conhecer pouca coisa sem a informática. Nossos bens são geridos pelos caprichos e desatinos da internet. Isso é tão real que se por uma emergência tentarmos sacar algum valor de nossa conta bancária e o sistema estiver fora do ar, não há nada que possa ser feito, simplesmente não teremos acesso ao valor. Enfim, vivemos a hegemonia tecnológica. Da mesma forma que o modo europeu determinava o pensamento e as ações do mundo conhecido na Idade Média, a tecnologia domina nosso modo de pensar e agir. Se no passado vivemos a escravização de alguns povos, hoje vemos a escravização do mundo por meio do mundo digital. Não há muito que possamos fazer, nem temos como fugir deste movimento. Mas é possível ter uma consciência crítica e conhecer os motivos pelos quais consumimos tecnologia. A partir desta consciência podemos aceitar ou não as influências da tecnologia na vida. Assim poderemos tê-la somente como ferramenta e não como essência de para a vida.



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