Confesso que vivi
(Pablo Neruda)
A leitura dessa biografia de Pablo Neruda nos remete a uma longo passeio em alto-mar, em que as tormentas mais ferozes podem desencadear calmarias românticas e cheias de encantamento.Mas em nenhum momento é nos permitido esquecer que estamos em meio ao mar, a natureza e a paixão.Pablo Neruda escreve suas memórias cinquenta anos depois de ver seu primeiro livro publicado. Mostra-nos como a convivência de um escritor com a sua língua é tão íntima que a compara a própria pele que o veste.Assim, forja-lhe o estilo, algo que o jovem Neruda persegue com todo seu empenho. Acredita que seu estilo não é circunscrito à sua cultura, embora embebido nela.Procura ,a cada texto, transcendê-la, tornando a abrangência de seus versos, universal.Para o poeta, a maior luta do escritor, mesmo que ele não tenha clara consciência disso, se resume na busca de três ideais:pelo seu estilo, pela palavra exata e pela imortalidade.Os conquistadores espanhóis à medida que devastavam tudo, deixavam como lastro as palavras, o idioma, fonte viva de sua presença.E com isso, na opinião de Neruda, muito foi perdido, mas a riqueza do idioma espanhol permaneceu.Ele lutou toda uma vida em busca da palavra exata,da mulher perfeita."Morre lentamente" quem não luta para se manter vivo a cada momento, fazendo do seu dia a dia um grito de louvor à vida.
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