II Parte Mal de Alzheimer
(Pesquisa Cristiane Rosa)
5) Tratamento. Embora nenhum tratamento seja 100% eficaz, podemos não apenas diminuir a velocidade de progressão da doença, mas também obter melhora de memória quanto de comportamento, se tratada logo no começo. O que existe disponível no momento é uma combinação de medicamentos como Inibidores da Acetilcolinesterase, vitaminas, G. Biloba, etc. As pesquisas mais recentes indicam que os anti-inflamatórios e a Reposição Hormonal com estrógenos não trazem os benefícios que se acreditava até há pouco tempo. Embora todas as medidas tenham resultados modestos, deve-se sempre tentar, pois mesmo que não exista possibilidade de cura, deve-se pensar em: Nas fases iniciais, tentar obter melhora, ainda que passageira. Atrasar o desenvolvimento dos sintomas. Só que teve um parente com Alzheimer sabe como teria sido bom conviver mais alguns anos com esse parente mais ativo, atento e lúcido. Oferecer uma vida mais tranqüila para o paciente e para sua família. Nos graus avançados da doença a família sofre muito mais que o paciente. Além disso, alguns cuidados sempre são úteis: Ambiente calmo e com estímulos positivos. Manter as coisas sempre arrumadas da mesma forma. O Paciente deve ficar sempre no mesmo ambiente conhecido, para evitar desorientação maior ainda. Não deixar o paciente sair sozinho para evitar o risco de se perder. Fazer o paciente levar vida saudável: não fumar, não beber, fazer caminhada, ter uma ocupação mesmo que rotineira e repetitiva. Exercícios de treinamento de memória. Por exemplo: palavras cruzadas, contas matemáticas, contar para a família o que o noticiário de TV mostrou, resumir o que leu no jornal, como foi o capítulo da novela, jogos de memória para crianças, etc. A família deve usar a imaginação. Avós adoram jogar joguinhos de memória com netos: os pais agradecem. Manter uma luz fraca acesa à noite. Se o paciente acordar saberá onde está. Cartão com identificação, nome e telefone de familiares, etc. Tirar objetos de valor da casa. Provavelmente pessoas estranhas ajudarão a cuidar do paciente. Retirar tapetes soltos e móveis baixos. Barras de segurança nos banheiros e ao lado da cama. Cadeira plástica para o chuveiro Caprichar na higiene de uma maneira geral especialmente na higiene oral. Fraldas, absorventes, etc. podem deixar a vida do pacientes e familiares bem mais confortáveis. Em suma, o espírito do tratamento deve ser o seguinte: se cada uma das medidas ajudarem um pouco, talvez se obtenha um efeito conjunto satisfatório. 6) Para a família. Essa doença não afeta apenas o paciente, mas também suas pessoas próximas. Ocorre uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. É necessário repetir muitas vezes as ordens e pedidos mais simples quando a pessoas está esquecida ou confusa. Com o passar do tempo é necessário ajudá-la para se vestir, se lavar, se alimentar. A família deve considerar a possibilidade de conseguir ajuda de uma pessoa externa, como por exemplo, uma acompanhante ou enfermeira. Enquanto o paciente estiver em casa. Descendentes de pessoas com Alzheimer não tem probabilidade maior de ter a doença do que outras pessoas. Suspeita-se que existe uma chance um pouco maior do que no restante da população se a pessoa doente começou a apresentar sintomas por volta dos 50 anos. 7) Diagnósticos diferenciais: Existem algumas doenças que podem simular o Alzheimer, que sempre devem ser excluídas para se confirmar o diagnóstico. Neurocisticercose (calcificações cerebrais provocadas pela Tênia, ou Solitária). Tumores Cerebrais. Hemorragias Cerebrais. Arteriosclerose. Intoxicações ou reações paradoxais a medicamentos. Idem a drogas ilegais, mas também legais (álcool). Atrofia cerebralprovocada por alcoolismo. Síndrome de Korsakoff. Deficiência grave de Vitamina B. Hipotireoidismo e anemia grave. Depressão em pacientes de muita idade. Uma Depressão pode imitar o Alzheimer e o diagnóstico diferencial às vezes só pode ser feito através do tratamento com Antidepressivos. Esse tipo de Depressão se chamava Pseudo Demência. Mas mesmo uma Depressão que melhora com tratamento não exclui Alzheimer. O mesmo para Psicoses em pessoas de muita idade. Traumatismos Cranianos e suas seqüelas. Alzheimer não tem cura. Porém, o tratamento iniciado cedo pode atrasar o desenvolvimento da doença e, portanto da perda de memória em vários anos. Começar o tratamento cedo quer dizer cedo mesmo, logo nas primeiras manifestações de perda e memória que geralmente os familiares acham "que é coisa da idade". Não se esqueça também que a partir dos 60 e poucos anos, todas as Depressões e Psicoses de difícil tratamento podem ser um prenúncio de Alzheimer. Cuidadores de pessoas com Alzheimer tem grande probabilidade de sofrerem de Stress, Depressão, esgotamento. Com freqüência também precisam de ajuda especializada.
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