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BIOÉTICA E RELIGIÃO: As idéias do filósofo Peter Singer e os ideais defendidos pela Religião
(filosofolionessantos)

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BIOÉTICA E RELIGIÃO: As idéias do filósofo Peter Singer e os ideais defendidos pela Religião

Peter Singer é um dos maiores pensadores contemporâneos sobre questões da Bioética. Ele foi professor de filosofia na Universidade Monash em Melbourne, onde fundou o Centro para Bioética Humana. Tem vários livros e artigos publicados na área de Bioética. Seu livro Libertação Animal (publicado originalmente em 1975) foi de uma importante influência formativa no moderno movimento de direitos dos animais. Singer é um grande defensor dos animais, apoiando plenamente a causa da libertação animal, um dos muitos motivos que o fez adotar a dieta vegetariana. Peter Singer considera que todos os seres que são capazes de sentir sofrimento têm os mesmos direitos e conclui que o uso de animais para alimentação é injustificável já que cria sofrimento desnecessário. O seu trabalho mais abrangente, Ética Prática (1979), com segunda edição em 1973), analisa detalhadamente porquê e como os interesses dos seres devem ser avaliados. Singer afirma que os interesses de um ser devem sempre ser avaliados de acordo com as propriedades concretas desse ser e não de acordo com o fato de ele pertencer a um grupo abstrato. Em sua teoria geral de ética, Singer sustenta que o direito à integridade física está fundamentado na capacidade de um ser de sofrer, e o direito à vida está fundamentado na capacidade de planejar e antecipar o futuro de alguém. E, já que fetos, bebês e as pessoas com qualquer tipo de deficiências não têm esta última capacidade, Singer afirma que o aborto, o infanticídio sem dor e a eutanásia podem ser justificados em determinadas circunstâncias especiais, por exemplo, no caso de recém nascidos com alguma deficiência, cuja vida iria causar grave sofrimento a si mesmos e aos seus familiares. A posição defendida por Singer foi vigorosamente atacada por diferentes grupos que a viram como uma ataque à dignidade humana, desde defensores de pessoas portadoras de deficiência a grupos religiosos, incluindo defensores do direito à vida. Para o filósofo Peter Singer, um cavalo ou um cão adulto são animais muito mais racionais e amistosos que uma criança de um dia ou de uma semana. Dessa forma, o mal que se faz a um animal desses é tão grave quanto o mal que se faz a uma criança. Esse posicionamento de Peter Singer é contrário ao posicionamento da religião. Para a religião, a vida humana é sagrada, e dessa forma, é superior a qualquer outra espécie de vida. Portanto, na concepção da religião o mal que se faz a uma criança, ainda que seja um feto, está acima do mal cometido a um animal adulto de qualquer espécie. De acordo com Peter Singer, apenas a nossa arrogância humana pode nos impedir de ver que animais adultos tem uma vida mental e emocional que pode ser equiparada e considerada até superior àquela de alguns seres humanos incapacitados mentalmente ou de crianças recém nascidas. Para o filósofo Peter Singer, a capacidade de experimentar a dor e o sofrimento é o que faz com que os animais tenham interesses em viver iguais aos humanos, e os julgamentos morais devem basear-se nesses interesses, e não em raça, gênero ou espécie. O pressuposto para se ter interesses é a capacidade de sentir dor e prazer. Para ele, os animais podem sentir dor tanto quanto os humanos. Singer utiliza o seguinte exemplo: "Se der um tapa com a mão aberta na anca de um cavalo, ele pode sobressaltar-se, mas provavelmente não sentirá grande dor. Sua pele é grossa o suficiente para protegê-lo contra um simples tapa. Contudo, se eu der o mesmo tapa num bebê, ele vai chorar e é quase certo que sinta uma grande dor, pois tem a pele mais sensível. Portanto, é pior dar um tapa num bebê do que num cavalo, desde que os dois tapas sejam dados com a mesma força". Mas isso não significa que o cavalo não sentirá dor. Apenas sentirá menos dor pelo fato de sua pele ser mais grossa que a pele da criança. Outra idéia polêmica defendida pelo filósofo Peter Singer que choca com a religião é a questão do aborto. Para Singer, tanto o aborto quanto a eutanásia não provocam sofrimento. Ao contrário, diz ele, são práticas que aliviam o sofrimento em determinadas circunstâncias.Essa posição defendida por Singer sobre o aborto e a eutanásia vai contra aos princípios da religião, que considera a vida sagrada desde sua concepção. Tanto que algumas religiões chegam até a questionar o uso de métodos anticoncepcionais. A nossa conclusão sobre o tema, é de que ambas essas posições radicalizam-se perante a questão. Tanto o posicionamento de Singer quanto da religião. Talvez a incógnita maior estaria em acharmos um “meio termo” para a questão da Bioética ou “ética da vida”. Pois, apesar de todo o desenvolvimento científico ainda não nos deixou claro para entrarmos num consenso comum de quando começa a vida e qual é a sua especificidade.



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