BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


o quarto
(RUBEN ALVES)

Publicidade
Passei boa parte de minha infância no sobradão do meu avô. Era um sobradão colonial, daqueles que se vêem nas fotos de Ouro Preto e São João dei Rei. A gente entrava por uma porta enorme. Nunca pude entender as razões para portas tão altas, tão largas, tão grossas, como se gigantes fossem os que moravam naquelas casas... A porta se abria para um longo e sombrio corredor, ao fim do qual havia uma escada de três lances. Terminada a escada os caminhos se bifurcavam. À frente, outro longo corredor, que conduzia para dentro do sobrado. Ao lado, a sala de visitas, lugar nobre da casa onde se entrava por uma porta envidraçada, de vidros coloridos azuis, vermelhos, amarelos e verdes, importados. Dentro era o teto esculpido, os frisos dourados, os candelabros, os consolos de mármore com vasos de cristal, estatuetas e bibelôs, os espelhos enormes, o piano Pleyel, os sofás e as cadeiras de palhinha, símbolos de nobreza e riqueza que eram exibidos aos visitantes. Portas com sacadas de ferro fundido se abriam para a praça com seu jardim de palmeiras, tipuanas e ipês. Dali se via passar não somente a banda, como também enterros e lúgubres procissões da Semana Santa.RIO DE JANEIRO 30 DE NOVEMBRO DE 2007



Resumos Relacionados


- O Fantasma Do Meu Pai (le Fantôme De Mon Père)

- Amantes Semi-vivos

- Como Funciona Uma Porta De Aço De Enrolar

- A Mansão Winchester

- Dvt Duran Vidros - Http://www.duranvidros.com.br/



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia