HILDA FURACÃO
(Roberto Drummond)
Romance bastante fragmentado pois possui constantes mudanças de enfoques. Roberto começa narrando na primeira pessoa a sua condição jovem de comunista e idealista, pretedendo ser um grande jornalista pois comparavam o seu nome com o do grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Pelo que o narrador fala de si e da cidade observamos que o tempo precede os anos de 1964. A grande trama da obra verifica-se no encontro entre o santo Frei Malthus e a bela Hilda no qual aquele, ao tentar expurgar o mal da zona boêmia acaba apaixonando-se por ela. Roberto é o jornalista que relatará os fatos como estão acontecendo já que ele e Malthus são amigos de infância. Certa vez desaparece o sapato de Hilda e ela lança um concurso para que o devolvam, então começa um conto de fadas às avessas pois Malthus acabará por reconhecer o seu amor pela bela. Mas, o final é triste pois ambos desencontram-se quando da fuga para viverem um grande amor, Malthus é preso no primeiro dia do golpe militar de 1964. Outras estórias entrecortam a narrativa entre elas o milagre da santa que chorava e depois foi descvoberto que era urina do sobrinho do padre. Uma obra considerada um marco da literatura contemporânea.
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