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INCONSCIENTE E IMPERMANÊNCIA
(Revista- Viver Mente e Cérebro.)

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A busca pelo conhecimento de si e a abordagem holística do ser humano e do mundo são apenas alguns dos aspectos comuns entre Psicanálise e Budismo. Budismo e Psicanálise ocupam posições diferentes no cenário contemporâneo. O primeiro á a religião ou prática espiritual que mais se expande no mundo, sendo que nas últimas décadas o budismo tem sido alvo do interesse de certos ramos da Ciência, dentre eles estando o campo das neurociências, interessadas em explorar a enorme riqueza de observações empíricas que por sua vez sustentam os conceitos budistas sobre a mente. Entretanto, pode-se dizer que em muitos casos, a pática budista é sinônimo de modismo, sendo assim, chique deixar-se fotografar em posição de lótus e ter em casa imagens de seu repertório iconográfico. Quanto a Psicanálise, pode-se dizer que vive um momento de transição. Passada a década de noventa, ressurge agora interesse pela Psicanálise tanto por parte da Psicologia do Desenvolvimento, quanto pelas Neurociências. Abrem-se para a Psicanálise territórios que anteriormente estavam fechados, tais como, países do Leste europeu e também na China. Ao passo que, na sociedade Ocidental, o lugar da Psicanálise, vem sendo questionado. Na atual cultura somática e das sensações, o lugar da Psicanálise está sendo disputado por outros dispositivos terapêuticos e teorias centradas no corpo e na capacidade de controlar, cognitiva e quimicamente, disfunções e transtornos. Hoje a Psicanálise tornou-se um dos poucos campos nos quais os indivíduos ainda são tratados não como meros seres biológicos ou agentes sociais, mas sim, são tratados na condição de SUJEITOS. A investigação clínica é um caminho que a Psicanálise tem retomado de forma cada vez mais ampla, sendo tal caminho, a fonte mais fecunda de toda sua originalidade e interesse. No que refere-se as ESCOLAS PSICANALÍTICAS, podemos destacar os seguinte pontos: Klein ampliou o alcance da Psicanálise ao pesquisar a vida mental dos bebês e propor inovações no tratamento de crianças e ao fundar a análise das relações objetais, centro de sua investigação teórico-clínica. Winnicott por seu turno, enfatizou a importância dos primórdios da vida psiquíca infantil, uma fase na qual as relações de objeto ainda estão por se formar, decisiva no processo de amadurecimento pessoal. A Psicanálise construída por Winnicott, tinha forte matiz Naturalista, em que noções como as de desenvolvimento, maturação, e psique-soma, são centrais. Lacan voltou-se para a lingüística de Saussure e para a antropologia de Lévi-Strauss para produzir uma versão estruturalista da Psicanálise. Desta forma vemos que em muitos casos a opção religiosa que fizemos, está relacionada a vertente Psicológica ou Psicanalítica que escolhemos para nos tratar. Acredito que quanto mais profunda seja nossa busca por Deus, ou pelo bem estar interior, mais profunda será nossa busca por uma forma terapêutica de sentirmo-nos melhor no mundo, tanto interna, quanto externamente. Ainda podemos acrescentar o fato de que muitas pessoas evitam o tratamento Psicanalítico, devido a sua demora, ou seja, é um tratamento de longo prazo e de preço caro para a maioria das pessoas. Visto que vivemos de forma imediatista, onde o tempo é cada vez mais reduzido e o número de tarefas a serem cumpridas é cada vez maior, em muitos casos não podemos nos dar ao luxo de deitar-mos no divã por anos assim, em muitos casos se faz necessário procurar formas mais rápidas e de menos custo financeiro para tentar ao menos amenizar nossos problemas e dúvidas.
O ÚLTIMO PARÁGRAFO, REFERE-SE A EXPRESSÃO DO PENSAMENTO DE "VANGUARDA".



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