Psicoses da 2ª Infância e Psicoses da Pré-Adolescência e da Adolescência
(Marcelli; D)
As psicoses infantis podem evoluir para diversos outros quadros, dos quais se destacam a debilidade profunda ou severa, na qual não existe um investimento cognitivo inicial, traduzindo-se numa evolução grave.
Outra evolução é centrada no Autismo a-relacional, este autismo tão acentuado e intenso não permite nenhuma forma de escolarização nem inserção profissional.
Nas duas evoluções acima descritas poderão resultar em a psicose deficitária ou a psicose esquizofrénica no adulto. Além deste tipo de evolução, a melhoria parcial também pode acontecer com um aparecimento de condutas fóbicas ou obsessivas, ou ainda, um comportamento do tipo caracterial grave ou psicótico. Falar de núcleo psicótico implica falar em mecanismos psicopatológicos que levam a condutas mentalizadas ou realizadas. A existência de uma angustia primária de aniquilamento, a não destruição entre o Eu e o não-Eu, a marca de ruptura com a realidade, a recorrente prevalência de processos primários que se sobrepõem aos processos secundários, a ausência de ligação entre as pulsões agressivas e as libidinais e, a utilização de mecanismos de defesa arcaicos utilizados para fazer frente à angustia, aos fantasmas destruidores e à ausência de coerência e limites do Eu, caracterizaram o núcleo psicótico. A psicose infantil corresponde a um tipo de funcionamento psíquico marcado pelo desinvestimento do mundo exterior e dos objectos que vão traduzir-se em isolamento psíquico extremo.
No diagnóstico de psicose infantil, a instabilidade motora e a descoordenação grafo – perceptiva são grandemente afectadas. Em algumas crianças podem também observa-se o contrário, já que demonstram grande inibição o que sugere postura fóbica e angústias de aniquilação de fragmentação. Também, os desenhos são contaminados pelos conteúdos presentes nestas crianças.
As estratégias terapêuticas que visam o tratamento da criança psicótica deveriam ter como objectivos base fazer surgir o indivíduo como pessoa e proporcionar a verdadeira comunicação com ela mesma e com os outros.
O que todas as linhas intervenientes têm em comum, é permitir, isoladas ou em conjunto, o funcionamento individual, o pensamento organizado e, uma coesão e integração do Eu, adequando deste modo a criança à família, à escola e à sociedade global.
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