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DIETA SEM CARNE: ALÉM DA ACEITAÇÃO INTELECTUAL?
(Mark F. Carr (Ph.D – University of Virgínia) e Gerald R. Winslow (Ph.D – Theological Union))

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O uso da carne e sua indústria são prejudiciais aos seres
humanos e ao meio ambiente. Não há dúvida sobre isso. Mas quando falamos de
vegetarianismo, não estamos nos movendo de uma investigação científica para o
reino dos valores?

Há argumentos suficientemente
fortes para produzir tanto um assentimento intelectual como uma mudança
comportamental?

O exame dessas
questões convida à consideração das razões favoráveis ao vegetarianismo. O
argumento da saúde

Um estudo
científico mostrou que a proteína animal não é elemento indispensável na dieta
humana. Pesquisas mostraram que a incidência de certas doenças é reduzida naqueles que se abstém do uso da carne. Do
ponto de vista cristão, a humanidade foi preparada para prosperar sem o uso da
carne: porque Deus quer que nossos corpos sejam a habitação do Espírito Santo
(I Coríntios 3:16, 17, 6: 19, 20), somos obrigados a viver da maneira mais
saudável possível.

Uma vez que o indivíduo compreenda
que o vegetarianismo é a dieta mais saudável, e desde que ela seja factível,
torna-se moralmente a preferida.



O
direito dos animais

Em seu livro, The New Vegetarians: Promoting
Health and Protecting Life, Paul R. Amato e Sônia A. Partridge
identificaram onze razões por que as pessoas escolhem o vegetarianismo, sendo a principal a
“preocupação com o sofrimento dos animais, ou a noção dos direitos dos
animais”.

Infelizmente,
os direitos de vacas, frangos e porcos são facilmente anulados pelos desejos do
paladar. O conceito de direitos continuam difíceis de se estabelecer para os seres
humanos e ainda mais difíceis em prol dos animais.



Preocupações
ambientais



A pesquisa de Amato e Partridge
verificou que somente cinco por cento dos vegetarianos mudaram sua dieta em
razão de preocupações ambientais.



Evolução
social

Sob essa
rubrica, uma variedade de autores e pontos de vista diferentes, exigem mudanças
sociopolíticas. No trabalho de Lappe, por exemplo, ela estava preocupada em
tornar os atos de cozinhar e comer mais simples e melhores, mas também com o
“significado político e social” de nossas escolhas dietéticas”.

Mordomia

Andrew Linzey, escrevendo sobre a mordomia do
ponto de vista cristão, desafia a noção cristã de que este mundo e tudo o que
nele há foram feitos visando unicamente o bem-estar da espécie humana. Para ele,
os cristãos devem superar a noção de que
Deus somente sofre quando seres humanos sofrem: “Deus padece com todas as
criaturas sofredoras”.

Apesar da
ampla aceitação dos argumentos anteriores, percebe-se que as pessoas estão
concordando intelectualmente com os argumentos, enquanto degustam, ao mesmo
tempo, outro hambúrguer. O vegetarianismo hoje é mais aceito do que há 20 ou 30
anos. Mas por que mais pessoas não adotam esse estilo de vida?



Daqueles que optam pela mudança, o
fazem geralmente movidos pela preocupação com os animais que sofrem a cruel
sorte de serem consumidos pelos humanos.

Argumento
filosófico, convicção pessoal e ação prática


Crítica de
muitos grupos ecológicos, Sharon Bloyde-Peshkin propõe em suas observações que as
ações práticas em favor do vegetarianismo, só surgirão quando as pessoas forem
emocional e intelectualmente motivadas. Para ela os grupos ecológicos têm menos
probabilidade de serem vegetarianos, o que revela que não é tanto um bom
argumento que persuade as pessoas a fazerem escolhas difíceis. As pessoas não
são motivadas a pôr de lado a carne na fila do caixa do supermercado. Contudo,
são movidas de indignação quando confrontadas com cenas de sofrimento e tortura
dos animais antes da colocação de sua carne nas gôndolas do supermercado.



Hume
e os movimentos do sentimento humano

Filósofos
como David Hume (século XVIII) destacaram que é o “sentimento de desaprovação”
que “inevitavelmente sentimos ao notar um ato de barbárie ou traição” que nos
leva a classificá-lo como criminoso ou imoral. Nesse caso, o sentimento é a
“primeira mola ou impulso ao desejo e volição”.



Defensora
de Hume em nossos dias, Annette Baier, resume esse ponto: “Para cada motivação
à ação, e, para cada reação avaliativa, a razão precisa concorrer com alguma
paixão; a cabeça deve trabalhar para o coração”. Bons argumentos filosóficos
não produzem vegetarianos. Sentimentos morais, contudo, freqüentemente sim.

Sobre
as virtudes do vegetarianismo

Quando observamos outra pessoa ou
ser sofrendo, somos movidos pela simpatia no sentido de aliviar seu sofrimento.

A
compaixão relaciona-se de perto com a simpatia.
Deve-se anexar à compaixão um senso de inclusão de todos os seres
sensitivos e não-sensitivos. Mesmo quando nossas ações não logrem eliminar
imediatamente o sofrimento de outrem, elas são “valiosas ao sofredor”.

Conclusão


Que feito
prático produzirá a anexação da compaixão ao argumento intelectual em favor do
vegetarianismo? Nossa perspectiva é que se essas virtudes forem apreciadas e
praticadas, veremos o vegetarianismo aumentar e o consumo de carne diminuir.

Para nossa
reflexão: o peso dos argumentos filosóficos serve para estabelecer uma
obrigação moral em favor do vegetarianismo? Será que o elemento adicional da
virtude convencerá os consumidores de carne a se tornarem vegetarianos?

A insistência em obrigações morais e legais
permanece problemática, mesmo em face dos poderosos argumentos em favor do
vegetarianismo.. Talvez chegue o tempo em que as crises ecológica e sociopolítica
forcem os legisladores a tornar obrigatórias tais práticas dietéticas. No
momento, precisamos contentar-nos com a noção de que o vegetarianismo é
elogiável sob o ponto de vista moral.



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