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VIDA - MODO DE USAR
(Georges Perec)

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OBJECTO DE CULTO. Será possível escrever em 9 minutos o resumo de uma obra escrita durante 9 anos ? Um desafio daqueles que Perec, membro da OuLiPo (Ouvroir de Littérature Potentielle), não recusaria . Este é um livro à altura da Mathfiction devido ao método escolhido para avançar na narrativa, salto de cavalo em L como no tabuleiro de xadrez.Um rico inglês,Percival BARTLEBOOTH,não sabe em que gastar o seu tempo. Ele é primo do Barnabooth criado por Valéry Larbaud e do Bartleby criado por outro escritor, Herman Melville. Convencido de que tudo está pré-determinado , ele avança para um projecto arbitrário capaz de se anular a si mesmo. Aprenderá a pintar 500 marinhas, transformá-las-à em puzzles, os reconstituirá,irá separar as molduras das aguarelas para as apagar sem deixar qualquer vestígio. Quem embarca com ele nesta desmesura ? Valène, que o ensina a pintar, Smautf,o seu criado, e Winckler, o artesão que fabricará os puzzles. À volta deles,um zoom capaz de nos arrancar uma vertigem, viagem numa sequência através de 99 apartamentos de um só prédio de Paris ,segundo Matias Bradford, "uma série de momentos do passado,pontuais, decisivos, e voltar a eles num arrepio de precipício". Inquilinos ou proprietários, vivos ou mortos, feridos por um solavanco, uma peripécia, um gesto das próprias existências contadas por pequenos objectos, cartazes,receitas de culinária, há pouco inanimados e inertes. Georges Perec, natural de Paris em 1936, torna a grande cidade a sua própria casa, procurando com método, numa sequência, utilizando um zoom poderoso e de inescapável urgência a mãe desaparecida em 1942 ( soube-o ele, mais tarde),levada pelos soldados nazis para o campo de Auschwitz.Esta procura intimista que foi VIDA - MODO DE USAR , a mesma de Italo Calvino, de Kafka ou de Jacques Tati, companheiros de viagem, tornou-se universal porque também nos vimos entre 1875 e 1975 à procura de um rosto, um nome, um apelido que algum dia nos agarraram. Por estas razões, mais do que um livro interrompido pela morte da personagem e um interminável catálogo do vazio, ele é objecto de culto. .



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