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O MENINO QUE À TERRA VEIO
(CARLOS CAMPOS)

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Sinopse do livro "O Menino que à Terra Veio" Sentei-me na proa do navio, olhando o mar calmo e sereno. Os Meninos como eu escolhiam em liberdade os seus lugares, uns sentavam-se na proa para contemplar o mar e o imenso Universo. Outros escolhiam a popa, perdendo muitas vezes essa perspectiva. Quando o barco já estava completo, o Comandante falou a todos os meninos que iam fazer a sua grande viagem. Disse: que o mar era só um, embora nos parecesse serem mais. Que durante a viagem íamos encontrar muitos fantasmas tentando amedrontar-nos, mas que não tivesse-mos medo, pois não passavam disso mesmo. Que o caminho era sempre a direito, mesmo que aparentemente nos parecesse o contrário. Que não fossemos rigorosos com os jogos que Ele tinha preparado para a nossa viagem, e que não era importante quem ganhava ou perdia, mas sim quem aprendia. Que não tivesse-mos medo da viagem, pois Ele já a tinha feito muitas vezes, e conhecia o mar como as suas próprias mãos, assim como os meninos que levava. Quando acabou, deu ordens ao seu timoneiro para se fazer ao mar. O dia começava a romper no horizonte, o sol brilhava sobre a água, e o nosso barco começava lentamente a sua grande viagem. Senti a brisa tocar suavemente o meu rosto, e, pensava para mim: qual seria o nosso destino! Quem estaria à nossa espera! Certamente alguém que muito nos Ama! O Comandante não fazia esta viagem em vão, Ele sabia exactamente para onde nos levava, e quem estava ansioso pela nossa chegada. Para trás já nada existia, pela frente tínhamos um mar sem fim, e uma viagem para fazer... Decidi nascer, não era justo fazer sofrer mais aquele maravilhoso ser que carregou comigo nove meses no seu ventre. O maravilhoso ser era aquela que eu escolhi para ser minha mãe, suportando os pontapés e os murros que lhe dava, quando tentava esticar as pernas e os braços, ou movimentos mais acrobáticos. Ela tinha-me dito que tudo ia correr bem, como menino acreditei. Só que não fazia ideia – aliás não me lembrava – que era preciso estar tanto tempo naquela posição incómoda, sem ter nada para fazer. Antes de ali chegar – ao ventre da minha mãe – eu passeava e brincava com os meninos como eu num grande Jardim, onde não existia tempo nem espaço, e todos nos entendíamos em perfeita harmonia. Éramos tão inocentes que acreditava-mos em tudo, e porque assim entendíamos, o que quiséssemos, nós tínhamos. Ninguém nos obrigava a sair dali, ainda hoje lá podia estar, se não fosse a minha ousadia de querer renascer outra vez. Como tínhamos a liberdade de fazer tudo o que quiséssemos, a escolha por vezes não era a melhor, mas como éramos meninos, pensava que se nascesse de novo, tudo continuava a ser como até ali. E ela – a que ia ser minha mãe - pediu-me tanto, que não tive coragem de lhe dizer que não. Aprendi mais tarde com as experiências de vida, que é tão importante saber dizer não com a mesma candura que dizemos o sim. Ela estava tão carente e desejosa de ter um filho, que este menino de espírito rebelde mas inocente que era eu, acedeu ao seu pedido, como podia recusa-lo? Os meus amigos disseram-me que eu ali estava melhor, mas queria aprender mais, ali eu já tinha aprendido tudo, pensava eu… Avisavam-me para ter cuidado, porque para onde eu ia não podia ser tão inocente assim, se o fosse, iria sofrer muito. Mas eu já lá tinha estado antes, e não me lembrava dessas dificuldades! Eles diziam-me: porque já as passaste, mas elas vão-se repetir. Penseique provavelmente os meninos estivessem enganados, e não fosse assim tão mau como eles estavam a dizer! O mais ousado perguntou-me: --Para que queres voltar? --Para aprender, e também ensinar... site oficial: carloscampos.com.pt



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