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O problema é ser gestor ou chefe nas empresas
(Elías Nova Nova)

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A forma de lidar com pessoas e processos nas empresa, tem mudado muito na atualidade, se comparados com décadas anteriores, por isso, hoje em dia não se fala mais de chefe e sim de gestor. Todo mundo entende e aceita como verdadeiro que nenhum chefe é gestor líder; porque ser gestor é ter outra dimensão como ser humano. A pessoa que aceitou exercer um cargo de gestor aceitou juntamente com isso a limitação de si mesmo como ser humano e automaticamente, isso implica aceitar a limitação de todos os que o cercam, assim com a tarefa de tratar tecnicamente de tudo, pois será cobrado por tudo. E ai está uma das grandes dificuldades dos gestores modernos que por um lado precisam conhecer o ofício que pratica e por outro lado ser grandes humanistas na hora de liderar pessoas. Ao chefe falta a grandeza para entender e perceber que a vida não é feita apenas de acertos ou erros, de brancos ou pretos, de bons e maus, pois sua beleza está justamente nas nuances de cores e na riqueza de suas variações.

O chefe é visto, comumente, como um técnico que se dispôs a realizar determinado trabalho por intermédio de pessoas. O gestor é um ser humano que se dispôs e assumiu a realização de uma missão com as pessoas que fazem parte da sua equipe. Outro aspecto importante é a motivação, a do chefe é material, portanto, temporal; a do gestor é espiritual, portanto ultrapassa as barreiras humanas de tempo e espaço. O chefe quer que as coisas sejam feitas da forma certa; o gestor quer que as coisas certas sejam feitas, não importando de que forma. Para o chefe, o erro é sempre um problema grave e sinônimo de custo/desperdício; para o gestor, o erro é uma lição para incrementar melhorias constantes. O chefe pensa e fala na primeira pessoa do singular o “eu”; o gestor pensa e fala na primeira pessoa do plural o “nós”.

Obviamente é percebível a primeira vista que existe uma total incompatibilidade entre as duas funções ou papeis. Por um lado o chefe olha para o passado e quer fazer o presente sem ver o futuro; por outro o gestor olha sempre para o futuro encarando-o como seu objetivo primordial para fazer o presente esquecendo o passado porque já aprendeu com ele. Com toda esta descrição analisada não se pretende mostrar, em absoluto, que existe um bom e outro ruim. Não há policiais e bandidos nesta história, pois parece a primeira vista que foi feita uma apologia sobre o gestor, e na verdade procura-se mostrar que existem competências diferentes, isto é, que em alguns momentos o chefe é a melhor solução e em outros a gestão humana é a melhor alternativa para as empresas, vai depender da necessidade da mesma e do objetivo da diretoria para escolher aonde quer chegar e como quer ser conhecida no mercado e na concorrência.

Fica claro que o exercício da gestão exige muito mais talento e competência que o da chefia. Para esta basta sentar na cadeira do chefe e exercer controles mecânicos, basta saber planejar, organizar, coordenar, controlar e corrigir. Já para a gestão se faz necessário ter também sensibilidade, arte, intuição e total dedicação à equipe composta de seres humanos não padronizados, mas com diversas qualidades e defeitos. Portanto a gestão, acima de tudo, ocupa-se com o interior das pessoas e a partir daí constrói sua obra. O verdadeiro gestor constrói e melhora pessoas. O gestor é ao mesmo tempo flexível e inflexível, algo que o tradicional chefe jamais seria capaz de ser. O gestor é totalmente inflexível quanto aos fins, aos objetivos, ao que tem de ser feito, mas é totalmente flexível quanto aos meios. Pois tem consciência para entender que, embora saiba muitas coisas, jamais saberá tudo, que todos os que participam da obra precisam tanto quanto ele se realizar ao fazer o trabalho e, principalmente, que todos conhecem formas e soluções diferentes que ele desconhece.
Para ser gestor é preciso, além de ter nascido com talento e dom, exercitar a liderança: testar a si mesmo seguidamente, estudar com profundidade a natureza humana, desenvolver a sensibilidade e a intuição; em resumo ser um grande humanista, quer dizer, gostar de pessoas mesmo. Pois ele cativa as pessoas pelo comportamento e pela ética. As pessoas da sua equipe e seus superiores sentem que podem confiar plenamente nele, em qualquer circunstância, pois ele nunca as desapontara. O gestor é todo ser capaz de realizar mudanças com amor e coragem, o que em absoluto não significa que ele aceite ou se torne conivente com qualquer deslize, ou seja, o “bonzinho” da turma.

O poder do chefe reside no cargo, isto é, foi-lhe conferido de cima para baixo pela hierarquia da empresa, e o poder do gestor reside nele mesmo, seu poder não é recebido da hierarquia, mas conquistado pelo seu agir. O que significa que para o exercício da gestão não se faz absolutamente necessário ter cargo, basta ser. O poder que se confere ao chefe, por ter sua origem na hierarquia, cria medo nas pessoas; o poder do gestor é uma das ferramentas que ele tem para atrair, aproximar e unir cada vez mais as pessoas em torno dele e do objetivo coletivo a ser atingido.



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