BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Tempo de ser líder
(José Gonçalves da Fonseca)

Publicidade
Nós brasileiros somos um povo ainda em busca de um destino e uma identidade. Em razão disso, importamos o tempo todo, um modelo de liderança de outros países. Os Estados Unidos é onde nos espelhamos com maior freqüência. Já é notória, a valorização de seus treinamentos, cursos, noticiários e principalmente livros. Alguns até pouco reconhecidos por eles mesmos, sendo comercializados como leitura de auto-ajuda. Enquanto que aqui no Brasil, estes livros são indicados pelas universidades, como fonte de pesquisa para trabalhos de liderança. O que nós não queremos enxergar é que a liderança não se constrói apenas lendo grandes autores, nem agitando um curso de MBA na terra do Tio Sam, ou em qualquer lugar da Europa. A realidade do nosso país é outra. Não podemos ainda, esperar grandes avanços de um relacionamento entre líder e liderado.No ano de 1979, eu estava servindo no quartel, e em determinado período, fui escalado para ingressar no pelotão de choque do exercito. Nesta época, toda vez que surgia tumulto nas ruas, lá estava eu, muito bem armado, marchando no compasso e obedecendo, cegamente, as ordens de um comandante autoritário. Quanto mais próximo da zona de conflito, mais o medo era visível no rosto dos colegas. Principalmente daqueles considerados "o filhinho do papai". Garotos que foram Superprotegidos por uma educação familiar deficiente, tentavam ali, se esconder atrás da “síndrome do coitadinho”. No meu caso, o medo estava anestesiado pelo princípio do "manda quem pode e obedece quem tem juízo", que eu já conhecia desde a infância. Até hoje, o meu pai aos 75 anos, tenta educar o meu irmão adotivo, usando estes mesmos princípios.Admito que o meu conhecimento sobre liderança é limitado, mas procuro aprendizado entre aqueles que tratam deste assunto com uma certa lógica e conhece a realidade deste país. Inspiro-me aqui nas palavras do consultor João Alfredo Biscaia, com mais de 30 anos de experiência em Treinamento e Recursos Humanos: "Nunca poderá ocorrer desenvolvimento de pessoas se não houver a quebra de vícios autoritários arraigados nos valores e crenças de muitas organizações e, conseqüentemente, em muitas pessoas que exercem liderança.Ele recomenda, que quando estivermos examinando qualquer assunto relacionado à gestão de pessoas, não podemos nos esquecer de que a sociedade brasileira vive num regime democrático ainda recente.Se admitirmos que os executivos que ocupam os altos escalões das empresas estão, em sua maioria, numa faixa etária de aproximadamente 35 a 55 anos, deduzimos que muitos foram "filhos da ditadura militar", no início de suas carreiras profissionais, enquanto os outros foram seus "netos".É possível que algumas pessoas continuem acreditando que o princípio do "manda quem pode e obedece quem tem juízo", deve prevalecer nas relações líder/liderado. As pessoas podem até ter mudado o "vocabulário", mas não o comportamento. Essas pessoas não fazem necessariamente por maldade ou má-fé, mas sim, por hábito e costume.A realidade é que ninguém consegue dar aquilo que nunca recebeu, ou seja, dar liberdade de expressão e conviver com opiniões diferentes das suas". Acredito que ainda estamos engatinhando neste caminho, mas com grandes possibilidades nas gerações futuras. Com uma educação adequada e tempo, os nossos filhos nos ensinarão como sermos “líderes”.José Gonçalves da Fonseca



Resumos Relacionados


- Como Se Tornar Um Líder Servidor

- Líder Encorajador...

- A Força Dos Ditados Populares

- Como Se Tornar Um Líder Servidor

- O Desafio Da Liderança (parte 3)



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia