Breve Resenha Histórica do Zimbabwe de Mugabe
(Anfi)
País situado na África Austral, faz fronteira a norte com a Zâmbia, a noroeste com a Namíbia, a este com Moçambique, a sul com a África do Sul e a oeste com o Bostwana. Os primeiros habitantes do território foram os Bosquimanos, depois as tribos Xonas, de origem banta, apareceram no planalto central do actual Zimbabwe por meados do século X. Desenvolveram uma actividade de criação de gado, seguindo-se uma verdadeira rede comercial, que estabeleceu a relação entre a área continental e as zonas costeiras. Etas tribos estiveram na origem do célebre reino africano do Monomotapa. Sob a fundação de etnia Caranga, este reino desenvolveu-se graças ao comércio do ouro e do marfim, e ao controlo das vias de comunicação da África Austral. O ouro atraiu, em seguida, os Árabes e os Portugueses. Sucederam-se outros reinos após o século XVI, que obtiveram êxito também, em virtude do conhecimento da técnica dos metais. A invasão dos guerreiros Zulus Matabeles, que dominaram os Xonas, na primeira metade do século XIX, levou ao declínio definitivo do seu passado glorioso. A seguir vêm os brancos e a conquista colonial, com o nascimento da Rodésia, nome derivado de um pesquisador de ouro, Cecil Rhodes, que obteve dos chefes das tribos a concessão de imensos territórios. Forma-se assim uma colónia Britânica sob o nome de Rodésia, que se torna independente em 1965, através da proclamação unilateral a 11 de Novembro, considerada ilegal pela Grã-Bretanha e ONU. Em 1970 é proclamada a república e dá-se a saída da Commonwealth, sendo a maioria negra excluída do direito ao voto. Robert Mugabe, figura controversa dos nossos dias, com o apoio da URSS, China, Moçambique e Zâmbia, desenvolve entre 1972-78 uma guerrilha de nome União Nacional Africana do Zimbabwe – ZANU. Em 1979 dão-se eleições e surge o governo de transição de maioria negra, presidido pelo bispo A. Muzorewa. Em 1980, o Zimbabwe, constituído em República parlamentar, obtém a independência sendo o chefe do governo Mugabe. Passados quatro anos, em 1984, a ZANU é proclamada partido único. Mugabe é eleito Chefe do Estado em 1988 e anuncia a transição para o multipartidarismo. Em 1992 dá-se a expropriação de mais de metade das terras dos proprietários brancos. Em recandidaturas sucessivas à presidência, Mugabe mantém o poder. Em 2000, numa onda de protestos contra a reforma agrária falhada, o partido de Mugabe quase perdeas legislativas para o Movimento para a Mudança Democrática – MDC – do líder sindical M. Tsvangirai. Em 2001, é assinado um acordo, prevendo a cessação das ocupações ilegais das terras, em troca de ajudas por parte da Grã-Bretanha e de outros países europeus. O acordo não é cumprido e as violências levadas a cabo pelos apoiantes de Mugabe provocam em Fevereiro de 2002 sanções por parte da EU. A reeleição de Mugabe para um quinto mandato presidencial, acompanhada por suspeitas de fraude, provoca a suspensão do Zimbabwe de novo da Commonwealth. Em 2003, a repressão contra a oposição intensifica-se, e diversas personalidades do MDC são presas. Mugabe decide sair em definitivo da Commonwealth. A questão das terras expropriadas torna-se cada vez mais grave, levando ao êxodo de centenas de ex-colonos brancos. Mantendo-se no poder até hoje, Mugabe, continua a debater-se com problemas no país e com a comunidade internacional. Prova disso, são as mais recentes indisposições entre alguns países da EU, como exemplo a Grã-Bretanha, e a presença de Mugabe na Cimeira EU – África que se realiza este ano de 2007 em Portugal.
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