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Osso Duro de Roer
(José Guimarães)

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Hoje, logo cedo, recebi um telefonema do banco me oferecendo seguro contra roubo e/ou perda do cartão de crédito. - Não acredito em seguro - respondi. O atendente quis saber por quê. - Estou com ação na justiça contra um banco e não consigo receber o seguro. Agora tudo depende do juiz. Por isso prometi a mim mesmo não fazer seguro de espécie alguma. A menos que seja obrigado, como o de veículos. - Conosco é simples - ele disse. - Basta fazer Boletim de Ocorrência. Em 24 horas o seguro está liberado. Ainda não vivemos num país assim! Você acredita nisso? Eu não! Sem falar que para fazer Boletim de Ocorrência, livra-me Deus, você perde um dia e ainda pode ser raptado na delegacia enquanto aguarda atendimento. Por outro lado, raciocinemos, o banco não se preocupa com o cliente. E sim com ele próprio. Se preocupasse, não o deixaria executar operações sérias de depósito e saque do lado de fora da agência. Colocaria os terminais eletrônicos dentro dela. Muito menos o empregado deles me legaria tão cedo para oferecer seguro. Afinal, se fosse bom (ou recomendável), eu iria à agência contratar. Mesmo assim, o atendente insistiu. Teimoso também! Eu li para ele a frase do livro que estou lendo: - "O pensamento é a única força que pode (grifo do livro) produzir riquezas tangíveis, originárias da substância amorfa". Ainda completei: - Quem faz seguro, tem medo de ser roubado. O medo atrai o ladrão. Daí a ação é concretizada. Depois, nova decepção: descobre que o seguro não paga. Que tornou-se vítima duas vezes: do ladrão e do seguro. Ele reconheceu que não me venderia o tal seguro e se despediu, me desejando um bom dia. Eu me diverti tanto com isso que resolvi escrever aqui. Afinal, dei meu troco às seguradoras. É uma pena que só ele ouviu. Depois ri, pois banquei o velho Urtigão. Aquele personagem teimoso da história em quadrinhos, que fica sentado à porta do rancho com uma espingarda no colo, para afugentar quem se aproxima por qualquer motivo. Também banquei o "Osso duro de roer". Expressão que significa: Pessoa difícil de ser convencida, teimosa, que não aceita imposição dos outros. Parece o eterno céptico. Contudo, voltando ao seguro, há exceções, claro. Mas são raras. Afinal, as vítimas das seguradoras não têm espaço na mídia. As seguradoras sim: pagam para veicular seus brilhantes produtos.



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