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EDUCAÇÃO: UM SALTO PARA A QUALIDADE
(Júlio Braga)

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Se a história é um garimpo, a memória é a bateia que revolve o cascalho do passado em busca de dados preciosos. No início dos oitentas, fervia entre os educadores o debate sobre o compromisso político e a competência técnica. Polemizava-se contra a dicotomia entre o educador-político e o educador-técnico. A conjuntura política dava a oportunidade para a explosão daquele debate: os governos militares, que estavam passando o poder aos civis, haviam enfatizado a dimensão tecnológica, as competências específicas e a prática do ensino como treinamento; ao contrário, a emergente democracia destacava o sentido e a necessidade do engajamento político da prática científico-pedagógica. Em outras palavras: na década de oitenta, de um lado estavam os defensores da neutralidade técnica do fazer pedagógico, do lado oposto entrincheiravam-se os defensores de um compromisso político inerente a quaisquer atividades pedagógicas. Distingui-se, portanto, duas concepções fundamentais de cultura: a enciclopédica e a histórica, frisando que, tanto no âmbito da primeira, quanto no âmbito da segunda, registram-se ilustres competências pedagógicas. Por isto, não poderia existir, por exemplo, uma técnica de alfabetização universal, neutra e prévia à opção política do alfabetizador. 25 anos depois vê-se que o poder público gastou em 2005 R$ 89,1 bilhões com educação, em torno de 4,3% do PIB, uma quantia considerável, se comparável a países do naipe da Alemanha, Irlanda e Espanha. Investe-se bastante só que a maioria dos recurso são desperdiçados e o resultado são crianças que não sabem ler, escrever ou fazer contas. No Brasil parece que educação é uma plataforma que não dá votos. É um ciclo vicioso cruel e difícil de ser rompido, que inicia-se no ensino fundamental de baixa qualidade, passando por um ensino médio burocrático, apenas preocupado com fórmulas, “ macetes” e processos mnemônicos para o vestibular o qual atinge sua consolidação em faculdade ruins que devolvem à escola um professor de baixa qualidade e despreparado. O diagnóstico é óbvio, melhorar a qualidade do ensino fundamental. De cada 100 crianças que entram no ensino fundamental, só 54 terminam a 8ª série no mesmo grupo apenas 31 chegam ao ensino médio enquanto apenas 3 ou 4 vão atingir o ensino superior. O Brasil é um país em que as políticas públicas não tem continuidade,são interrompidas com os novos dirigentes. Soluções existem passando pela universalização do ensino fundamental, que diminuiria o hiato em crianças ricas e pobres junto a uma valorização do professor com salário dignos e prêmios por desempenho, a criação de instituições tecnológicas, universidades de alta qualidade, mestrados e uma maior participação das empresas privadas, que cooptam os melhores cérebros, não devolvendo nada aos cofres públicos. É necessário também um debate sobre a gratuidade da universidade pública aliada. É hora de se repensar a equação: Ensino Superior + Diploma = Ascensão Social.



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