Ricos e Pobres. In: ÉTICA PRÁTICA
(Peter Singer)
Ricos e Pobres. In: ÉTICA PRÁTICA – Peter Singer
Peter Singer inicia este capítulo pela definição de pobreza absoluta. Cita como exemplo a definição dada por Robert McNamara, ex-presidente do Banco Mundial, para quem a pobreza absoluta é caracterizada pela subnutrição, pelo analfabetismo, pelos ambientes miseráveis, pelo alto índice de mortalidade infantil e pela baixa expectativa de vida. Após a apresentação de alguns números estatísticos, dentre os quais destaca-se o percentual de 23% da população mundial que vive em condições de pobreza absoluta, o autor conclui este tópico afirmando ser muito provável que a miséria seja a principal responsável pelo sofrimento humano. Em contraste com a pobreza absoluta, Peter Singer analisa também a riqueza, o padrão de vida em países ricos, que retrata a desigual distribuição de bens e alimentos entre as nações mais e menos favorecidas. Singer tece comentários também sobre a riqueza absoluta, que define como sendo uma significativa quantidade de renda que fica acima do nível necessários para a satisfação das necessidades básicas que um ser humano tem para consigo e os seus dependentes. Após uma explanação geral sobre a pobreza e riqueza, Singer analisa o comportamento das pessoas frente a situação e questiona qual seria a diferença entre matar alguém e permitir que alguém morra. Singer enumera cinco fatores que poderiam explicar, sem, contudo, justificar, a diferença anteriormente descrita. São eles: Motivação, Preceito, Certeza em relação às conseqüências dos atos, Identificação dos indivíduos, Ausência de responsabilidade. Singer argumenta também que temos a obrigação de ajudar, através das seguintes premissas e conclusão: - Primeira premissa: Se pudermos impedir que algo de ruim aconteça sem termos de sacrificar algo de importância comparável, devemos impedir que aconteça. – Segunda premissa: A pobreza absoluta é coisa ruim. – Terceira premissa: Existe uma parcela de pobreza absoluta que podemos impedir sem que seja preciso sacrificar nada de importância moral comparável. – Conclusão: Devemos impedir a existência de uma parcela de pobreza absoluta. Singer mostra também os possíveis argumentos contrários a idéia da obrigação de ajudar: - Cuidar de nós mesmos; Direito de propriedade; População e a ética da triagem; Deixar a cargo do governo. Singer comenta cada um dos argumentos contrários acima enumerados e conclui o capítulo, demonstrando que os mesmos não são capazes de justificar uma idéia contrária a obrigação de ajudar.
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