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ENGENHARIA GENÉTICA PARA MATAR A FOME
(Jerson; Mirteles)

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ENGENHARIA GENÉTICA PARA MATAR A FOME

Muitas vezes o uso da engenharia genética na agricultura é justificada pelo aumento da população mundial. Porém, de acordo com as Nações Unidas, o mundo produz uma vez e meia a quantidade de alimentos necessária para alimentar toda a população do planeta. Apesar disso, uma em cada sete pessoas passa fome no mundo. Segundo o prêmio Nobel da Paz indiano, Armatya Sen, o problema da fome do mundo é conseqüência da péssima distribuição de renda e da pobreza.
O problema da fome está, portanto, intimamente ligado com as desigualdades sociais. Assim sendo, a engenharia genética, pelo menos até o momento, não se mostrou capaz de ser uma alternativa para solucionar o problema. Pelo contrário, a falsa idéia de que a biotecnologia é a solução, permite que governos e indústrias se distanciem do seu compromisso político de lidar com as desigualdades sociais que levam à fome.
A ajuda financeira fornecida pelos países de 1º mundo aos países pobres são pagas com juros que resultam num montante 3 vezes maior do que o recebido. Segundo o Relatório sobre Desenvolvimento preparado pela ONU em 1997, “só na África, o dinheiro usado anualmente para o pagamento de dívidas poderia ser usado para salvar a vida de 21 milhões de crianças até o ano 2000”.
Durante a grande fome de 1984 na Etiópia, as melhores terras cultiváveis estavam sendo usadas para o cultivo de canola, algodão e semente de lins que eram exportadas para a Europa com o objetivo de servir como alimento para gado. “Ao invés de reduzir a fome no mundo, a engenharia genética tem uma chance maior de aumentá-la. Os produtores poderão entrar em um círculo vicioso se ficarem dependentes de um pequeno número de multinacionais - como a Monsanto - para a sua sobrevivência. Durante os últimos 25 anos, a Action Aid tem dado suporte a produtores pobres para que estes mantenham uma agricultura sustentável. Mesmo com a população mundial crescendo, nós sabemos que a produção global de alimentos é suficiente, e que é a desigualdade a responsável por milhões de pessoas famintas. A verdade é que os cultivos transgênicos certamente aumentarão a margem de lucros da Monsanto, mas poderão representar um grande passo atrás para a pobreza do mundo”, diz Salil Shetty, Diretora Executiva da Action Aid.



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