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O fim da globalização? Der Spiegel (weekly)
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O fim da globalização? Der Spiegel (texto base Gabor Steingart) & Enciclopédia (texto MANUEL ESTEVES )Grandes mudanças políticas freqüentemente começam com pequenas dúvidas. Tal dúvida está começando a se fazer ouvir na campanha presidencial americana. O comércio livre, diz Hillary Clinton, talvez não seja tão bom afinal. Poderia ser um sinal do início do fim da globalização? Uma dúvida agora entrou na campanha presidencial -e pode levar a mudanças de proporções históricas. A candidata presidencial democrata Hillary Clinton distanciou-se da idéia do comércio livre, uma filosofia que deu forma à visão de mundo americana desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A teoria sustenta que o comércio entre nações automaticamente aumenta a riqueza de todos os participantes e que qualquer forma de comércio é melhor do que nenhum comércio. Sempre houve um consenso geral apartidário no que concerne as questões fundamentais de política econômica. Todo presidente americano desde Harry S. Truman passou boa parte de seu tempo eliminando restrições alfandegárias e barreiras comerciais. O ex-presidente Bill Clinton continuou a tradição de seus predecessores quando uniu os EUA, México e Canadá sob o Acordo de Comércio Livre Norte Americano (Nafta). Não seria exagero dizer que a globalização de hoje é um produto do comércio livre. A candidata Hillary Clinton, entretanto, agora está rompendo com o legado de seus predecessores, inclusive seu marido. Ela não acredita mais que o comércio com outras nações é automaticamente benéfico para seu próprio país. A antiga teoria não é mais verdadeira, disse recentemente ao Financial Times. A maior exportação dos EUA atualmente parece ser a de empregos bem pagos de sua classe média. A tendência que começou com operários expandiu-se para engenheiros de software e atingirá banqueiros de investimento e pesquisadores farmacêuticos, diz Alan Blinder, professor de Princeton e ex-vice-diretor do banco central americano, Federal Reserve. De acordo com Blinder, até 40 milhões de empregos americanos -representando o dobro de pessoas que estão trabalhando atualmente no setor industrial- talvez tenham que enfrentar a ameaça da terceirização. Na Europa, esta posição não é nova. Numa sondagem realizada na Primavera de 2006, 47% dos cidadãos da União Europeia (70% em França e na Grécia) consideravam a globalização uma ameaça, contra 37%, que a viam como uma oportunidade. As razões para este descontentamento são conhecidas: o aumento da concorrência internacional e a entrada em cena de milhões de novos trabalhadores muito baratos têm tido um impacto negativo nos empregos, salários, direitos laborais e regalias sociais nos países desenvolvidos, gerando um sentimento de insegurança entre os trabalhadores e alargando o fosso entre ricos e pobres. O Professor Paul A. Samuelson, consultor de vários presidentes, inclusive Eisenhower e Kennedy e Prêmio Nobel de Economia, lê as estatísticas de importação e exportação com a mesma atenção que os mortais ordinários assistem as previsões do tempo. E ele previu há muito que estamos prestes a enfrentar uma tsunami econômica - uma onda de pressão que se formou sob as águas e está ganhando força a cada dia. Se esperarmos até que a onda gigante chegue às nossas praias, será tarde demais. A força dessa tsunami econômica vai destruir muitas coisas, diz ele, inclusive o que resta da indústria americana. O que ficará para trás, no melhor dos casos, será o que Samuelson chama de "uma economia de escritório americana". De acordo com Samuelson, as conseqüências da globalização para os EUA já são negativas há um tempo. Comparado com as economias crescentes da Ásia, o país agora está em uma situação de "ganhar e perder". A Ásia, diz Samuelson, está ganhando força econômica enquanto os EUA perdem seus bens. Hillary Clinton, crítica do comércio livre, agora baseia seusargumentos nos de Samuelson. Os questionamentos dele agora são dela. Mesmo dentro do Partido Republicano eles são vistos como ideólogos defendendo um princípio só pelo princípio. "O próximo presidente deve compreender que não há comércio livre sem comércio justo", diz o candidato republicano à presidência Mike Huckabee. O cuidado também é aconselhado no debate do comércio livre. O protecionismo -ou isolamento econômico americano- seria um remédio fatal. Como é ensinado no livro de Deng Xiaoping, grande reformista da China. Ele tinha dúvidas sobre tudo, inclusive sobre sua própria visão de mundo. Em sua vida, Deng favoreceu uma política de pequenos passos. "Ninguém tomou essa estrada antes. É necessário prosseguir com cautela", disse. Leia mais sobre em SERÁ QUE A ECONOMIA PRECISA DE UMA NOVA TEORIA DA TERCEIRIZAÇÃO?Escrito por Eduardo Buys Blog do Varejo www.varejototal.zip.net



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