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Estudos introdutórios e Conceitos dos Custos Industriais.
(Silva; A. Lopes)

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Estudos introdutórios e Conceitos dos Custos Industriais.

A contabilidade de custos é a parte da contabilidade que identifica, registra e mensura os valores relativos a duas contas: Estoques, que compõem o Balanço Patrimonial, e Custo dos Produtos Vendidos (CPV), que compõe a DRE, além de cumprir com a função de prover informação de cunho gerencial para avaliação, análise e tomada de decisão.

FIGUEIREDO E CAGGIANO (1997) ressaltam que os custos são essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com que a organização tem que arcar para alcançar os seus objetivos: por isso, desempenham importante papel nas decisões gerenciais: a coleta e a análise das informações de custos são problemas fundamentais para os contadores.

ALLORA (1985), destaca que os custos são fruto de tudo que acontece nas fabricações: suprimentos, cadências, eficiência, produtividades, desperdícios, gastos excessivos, qualidade deficiente, projeção imperfeita e muitos outros fatores. Todos eles se reúnem no custo. Não há, nos contextos industriais, índice mais sintético e resolutivo do que o custo: ele vai dizer se a empresa é ou não competitiva, se ela vai ou não vender, se ela vai ou lucrar.

Nas grandes empresas, a área de custos tem papel de destaque, constituindo, em alguns casos, um departamento dirigido por um gerente de mesmo nível hierárquico que o do contador da empresa. Isso nem sempre ocorre nas pequenas e médias empresas, nas quais a área de custos subordina-se à contabilidade geral (ZUCCHI; 1992).

Para HORNGREN (1978), a terminologia de custos deve ser pensada como medidas no sentido contábil convencional: “dinheiro a ser pago por serviços”.

Na contabilidade gerencial, diversas bases de medição (denominadores) podem ser usadas como unidade. A unidade em questão não é sempre um produto físico; a unidade (base) deve ser a estatística de produção facilmente definível que mais se correlacione com a ocorrência do custo. Desta maneira, a base pode diferir conforme o departamento.

Conforme KAPLAN & COOPER (1998), para a fabricação de qualquer produto a empresa é obrigada a fazer uma série de gastos relativos a itens como matéria-prima, mão-de-obra, energia elétrica, aluguel de galpões para a instalação da fábrica, etc. Estes gastos são denominados custos de produção ou simplesmente custos.

Segundo ZUCCHI (1992), custos é “qualquer gasto voluntário feito pela empresa para a elaboração de seus produtos”. Além do custo, existem outros tipos de gasto que uma empresa deve registrar: as despesas (também gastos voluntários) e as perdas (gastos involuntários).

Os gastos voluntários que não se referem diretamente à elaboração de produtos são despesas, e podem ser classificados, conforme sua natureza, em contas de despesas administrativas, despesas comerciais ou despesas financeiras.

Além dos custos, das despesas e das perdas, existem ainda os gastos voluntários relativos à aquisição de bens (imobilizado) ou a investimentos, os quais são registrados no ativo permanente.
Há elementos importantes no custo de um produto fabricado que devem ser destacados:

· Material Direto - todo material integrante do produto acabado que possa ser convenientemente atribuído a unidades físicas específicas. Certos materiais menos importantes, tais como tachinhas e cola, podem ser considerados suprimentos ou materiais indiretos e não material direto, devido à impraticabilidade de atribuir esses itens às unidades físicas específicas do produto.

· Mão-de-Obra Direta - toda mão-de-obra que nitidamente se relacione e seja claramente consignável aos produtos específicos. Muita mão-de-obra, como por exemplo, a do pessoal do manejo de materiais, limpeza ou vigilância, é considerada indireta, devido à dificuldade ou impraticabilidadede atribuir esses itens às unidades físicas específicas do produto. O termo “direto” em custeio de produto, envolve em grande parte os itens de custo que podem ser convenientemente identificados com uma partida do produto.

· Custos Indiretos de Fábrica - todos os custos de fábrica exceto os materiais diretos ou a mão-de-obra direta. Outras denominações: carga de fabricação, custos indiretos de fabricação, despesas indiretas de fabricação e despesas de fabricação. Existem dois tipos principais de custos indiretos na fábrica:

· Custos Indiretos de Fábrica Variáveis - os dois exemplos principais são os suprimentos e a maior parte da mão-de-obra indireta. Para que o custo de uma mão-de-obra indireta seja variável ou não, isto depende de seu comportamento na empresa.

· Custos Indiretos de Fábrica Fixos - entre os exemplos ficaram aluguéis, seguros, depreciação e salários de supervisão.

Dois dos três elementos mais importantes são, às vezes, combinados da seguinte maneira na terminologia de custos: os custos primários consistem em materiais diretos + mão-de-obra direta; os custos de transformação consistem em mão-de-obra direta + custos indiretos de fábrica.

MARTINS (2001) apresenta a seguinte síntese relativa ao esquema básico para apuração de custos dos produtos:

“1º Passo: Separação entre custos e despesas.
2º Passo: Apropriação dos custos diretos de fabricação aos produtos.
3º Passo: Apropriação dos custos indiretos aos Departamentos...
4º Passo: Rateio dos custos diretos comuns e dos da Administração Geral da produção aos diversos departamentos, que de produção quer de serviços.
5º Passo: Escolha da seqüência de rateios dos Custos acumulados nos departamentos de serviço e sua distribuição aos demais departamentos.
6º Passo: Atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos Departamentos de Produção aos produtos segundo critérios pré-fixados”

O rateio dos acumulados nos departamentos de serviços e analise dos custos dos processos são facilitados quando efetuado mediante a técnica dos custos baseados em atividades, conforme veremos em outros estudos.



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