Crises: de ameaças a oportunidades - Gestão estratégica de comunicações de crises”
(autores António Marques Mendes; Francisco Costa Pereira; Manuel Pina e Cunha)
Auditoria interna está intimamente associada a controlo interno, a gestão dos riscos (essencialmente negativos), a processos, a actividades, complementada com a necessidade de fornecer valor. Actualmente, as empresas com as mudanças ocorridas têm de ter um novo posicionamento, sendo obrigada a ter uma capacidade de resposta perante a sociedade (stakeholders) em casos de crises e riscos subjacentes à sua actividade. A evolução da internet e a rapidez com que as situações/imagens são difundidas , com um impacto mediático, por vezes, assustador, obriga as empresas a responderem de forma imediata e eficaz a qualquer situação de crise. No livro “Crises: de ameaças a oportunidades” esta matéria é tratada com uma desenvoltura invulgar, sendo traçada uma estratégia conducente a transformar uma “crise” numa “oportunidade” para a empresa, desde que a gestão se comprometa e saiba responder com eficácia às situações . A capacidade de conhecimento nos dias de hoje torna a sociedade mais exigente e reflexiva, obrigando as organizações/empresas a terem mais preocupações com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. A pressão que é exercida sobre as empresas obriga-as a ter uma consciência cívica e de responsabilidade muito superior ao que estavam habituadas e originou uma preocupação na gestão dos riscos (ambientais, financeiros, operacionais, etc.) bem como originou que tais preocupações fossem inseridas na informação disponibilizada ao mercado (muita das vezes por imposições regulatórias). Já não é suficiente apresentar uma relação de dados financeiros mas também informar sobre responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, ou seja uma ética de valores com preocupação de execução quotidiana (na visão, na missão e nas actividades da empresa). Como é referido no livro tem emergido “uma nova dimensão dos riscos…”riscos da era digital”, com especial relevância na banca online. Neste contexto, a gestão dos riscos passou a fazer parte da gestão corrente das empresas, sendo nalguns casos enquadrada, parte da responsabilidade, na Auditoria Interna. Riscos Crise Potenciais ameaças Geridas e lideradas Portanto, a crise é um fenómeno disruptivo que tem impacto na viabilidade das organizações, ou seja, algo que ameaça valores fundamentais da organização e permite apenas um período limitado para a tomada de decisões para solucioná-la. Por outro lado, a crise ameaça os valores fundamentais e tem origem no ambiente relevante da organização (Hermann (1963)): Crise Facto grave Fase complicada Fase difícil Tensão Impasse Segundo Muchielli (1993), citado no livro referido, a crise tem coincidências marcantes: 1. Ao nível psicológico (absentismo, agressividade, stress, angústia, comportamentos de acusação do exterior ou da hierarquia, desmoralização, desmotivação); 2. Factores externos que alteram o ambiente da organização; 3. Dificuldades acrescidas da gestão organizacional; 4. Desagregação da coerência entre os diferentes actores da organização (momento difícil e perdas dos seus pontos de referência). Para que haja sucesso na gestão das crises, o líder terá de possuir, segundo Mitroff (2005): 1. QI emocional elevado (resiliência), 2. QI criativo elevado (pensar fora dos esquemas tradicionais); 3. QI espiritual elevado (novos propósitos); 4. QI social e político elevado (relacionar-se com as pessoas) 5. QI técnico elevado (fazer coisas diferentes); 6. QI integrador elevado (agir de forma harmoniosa); 7. QI estético elevado (transferência para novos conhecimentos). Ainda, segundo Weiss (2001), o comportamento do líder para gerir a crise deverá ser de: 1. Absoluta integridade; 2. Domínio da actividade; 3. Declarar as expectativas; 4. Empenhamento invulgar; 5. Esperar sempre resultados positivos; 6. Proteger as pessoas; 7. Colocar os deveres e as obrigações antes de si próprio e dar o exemplo; 8. Seguir em frente, ter empenhamento.
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