CRONIA INTIMA - PARTE1 (continuacao)
(José Paulo de Andrade Filho)
Apresentei-lhe meu espaço, indiquei-lhe meu aconchego, meu limiar. Convidei-o a sentar-se comigo, a envolver-se em minhas meditações, a encontrarmos juntos um enleio às nossas emoções e sentimentos que, surgindo tão calorosamente, convidavá-nos a um entrelaçamento íntimo, a uma comunhão dos sentidos sem, ao menos, nos tocarmos. Nossas palavras, trocadas em silêncio pelo olhar, revelavam a profusão de sentimentos que, banhando-nos por dentro, permeava-nos inteiramente e nos revelavam o quanto, dentro de nós, a paixão nos envolvia. Corajosamente, tomamos uma decisão. De mãos dadas, deslizamos o nosso caminhar. Nossos corações, sentidos pulsantemente com toque de nossas mãos, indicavam o quanto nossa firmeza era capaz de produzir em atos e gestos que expressavam nossas mais íntimas intenções. A noite nos acompanhava. Sua escuridão nos envolvia, suas estrelas galopavam no firmamento e a Lua encantava, com sua majestade latente, o doce calor que abrasava nossos corações joviais e ansiosos de um contato mais profundo. Decidimos então que já não era mais, aquele lugar, o adequado para permanecermos. Fomos em direção à minha casa...
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