No Postinho do SUS 
(José Guimarães)
  
A moça se aproximou do balcão e disse para a atendente:           - Vim avisar que não precisa mais marcar exame pra minha mãe.           - É? Pra que dia estava marcado o agendamento?           O agendamento é o dia em que eles ainda iam marcar o exame. A moça falou a data. Era para dali a mais ou menos um mês.           - Que ótimo, né? – a atendente até sorriu, vitoriosa.      - Sua mãe melhorou?           - Não. Ela faleceu.           - Ah!      A atendente ficou sem saber o que dizer.           Eu, que aguardava atendimento, quis dizer que "é desse jeito que resolvem os problemas de saúde no SUS: com a morte do paciente". Mas não disse nada, por quê?      Porque não tive... Coragem? Não. É porque:            1º.) Os problemas do SUS não serão resolvidos pela atendente.           2º.) Não adianta dizer a ela o que deve ser dito ao Dirigente Maior.           Por outro lado, ela já deve estar cansada de ouvir reclamações e afrontas de todo tipo, o dia todo. Seus superiores não ouvem. E, mesmo se ouvissem, não fariam nada. Nunca existe verba para a saúde. Poupei-a disso.            Todavia, fiz daquele momento um momento especial. Um momento de reflexão, não de protesto. Tipo assim: “É melhor a gente se preocupar com a saúde, porque se depender dos Órgãos Públicos a gente vai sofrer muito”. E a gente ainda paga CPMF para cobrir despesas com a saúde.            Lembrei-me desse caso hoje e como desabafo o escrevi aqui.      Afinal, não é todo mundo que tem oportunidade de entrar no postinho do SUS e presenciar cenas tão deprimentes como essas.      Lembrando Leitão da historinha do Ursinho Pooh:     Salvem suas vidas!!! 
 
  
 
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